Bebidas alcoólicas:

A Torá não proíbe o uso de bebidas alcoólicas, senão restringe. O modo como a palavra "vício" é tida entre os cristãos (evangélicos e prostestantes) nada tem a ver com o sentido da palavra traduzida como tal do hebraico nos escritos cristãos. A Torá proíbe unicamente que a pessoa seja entregue à bebedeira, ao ponto de se transformar em sua natureza, permanentemente.

Assim também, proíbe-se entre os judeus o uso de vinho não judaico, por razão da conexão do vinho à idolatria. Quanto ao beber em si, não há proibição, e encontrará sobre isto na Bíblia em vários lugares, apesar de muitos cristãos, influenciados por idéias de determinadas épocas de "puritanismo" nos países anglo-saxônicos insistirem que todo lugar onde se fala de vinho, refere-se a "suco de uvas". A cerveja também existia no período bíblico, e seu uso era muito comum. É chamada no Talmud de "machqê Madái" (a bebida dos medos), apesar de que muito provavelmente haja sido inventada no Egito, e por judeus, segundo descobertas arqueológicas.

O vinho é usado para a santificação do sábado (de onde tiraram os católicos o uso do vinho para a missa) na entrada do chabat, no amanhecer seguinte após as orações e antes da refeição do dia, e tomado um pouco a cada uma das refeições como algo honroso que dá alegria ao coração, bem como na saída do chabat, e é bebido como preceito por decreto do Sanedrin da época de Mordekhai e Ester na festividade de Purim em quantidade maior do que a normal. O judeu observante, porém, sabe que a Torá obriga a reservar-se em pertinência ao beber, sem exagerar.

O tabagismo:

Desde que não haja exagero que possa ser prejudicial à saúde, não há nisto proibição pela Torá. Outrossim, a maioria dos rabinos na atualidade sustentam que os jovens das novas gerações que ainda não fumam, não principiem a fazê-lo, devido ao fato de que os rabinos das gerações passadas que declararam ser permitido o uso do tabaco fizeram-no apoiando-se na medicina, que afirmava ser isto algo bom para a saúde. Na atualidade, quando sabe-se dos problemas salutares gerais causados pelo cigarro, a conclusão da maioria dos rabinos é que o cigarro deve ser posto de lado, ou cambiado por algo menos problemático, como o cachimbo, o qual não se traga. Mas a quem não fuma ainda, expressamente proíbem que empecem a fazê-lo, já que tudo o que prejudica o corpo humano deve ser evitado.

R. J. de Oliveira