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| As Sete Leis de Deus à humanidade |


Pergunta: Sr. Rabino: nosso filho há um ano começou a praticar artes marciais, e isto nos trouxe algumas preocupações: 1) como isto influenciaria em seu ambiente escolar e em seus estudos; 2) desde então passa horas em meditação profunda, que nos causa temor por sua sanidade mental; 3) tememos que se torne violento; 4) tememos que se torne um idólatra ou necródulo, como ocorre no oriente.


Resposta:

Ilma srs.,

1) No que concerne ao estudo e à escola: toda arte marcial que seja realmente arte tem a faculdade de desenvolver ambos os lados do cérebro (a maioria deixa em desuso quase total um dos lados), o que só pode ser para bem;

2) No que pertine à meditação: é uma das formas mais salutares de vida o meditar. Desenvolve um bom ego, e tira a pessoa de achar ser ele o centro da existência, ou do universo, que é comum a todos nó, ou seja, todos deveriam praticá-la. Isto só trar-lhe-á bem e afastá-lo-á do mal. Dar-lhe-á uma capacidade maior de discernimento em frente a maus atos, e proporcionar-lhe-á maior estado de tranquilidade mental e capacidade de entender sem julgar aos que o circundam.

3) Todas as artes marciais que merecem esse nome, são contrárias à violência, de qualquer tipo e contra qualquer pessoa. O único motivo que têm para praticar o pélio é o conservar da harmonia no universo. Nem sempre as situações são conforme gostaríamos que fosse, e a harmonia deve ser preservada, ou devolvida. Os grandes mestres de artes marciais são tão distanciados da violência, que de sua tranquilidade pode-se usufruir sabedoria sem que precisem pronunciar uma única palavra.

4) Se apoiarem-no em seus desígnios concernente ao aprofundar-se neste conhecimento, proporcionando-lhe mais leitura e aproximação com grandes sábios orientais do passado, poderão facilmente ajudá-lo a direcionar-se em relação a isto. Os sábios do povo judeu que no passado aprofundaram-se no conhecimento destas cousas no pertinente à sabedoria de tais filósofos do oriente podem ser também de grande ajuda, como por exemplo podemos citar o Guia dos Perplexos de Rabi Mochê ben Maimon, entre outros. O taoísmo e outras formas de pensamento oriental nada tinham de necrodulia no passado, e a única diferença que encontramos entre sua forma de pensar e a nossa é que chegaram à conclusão de que não há necessidade de rezar ao único Indivisível (Deus), por não estarmos capacitados de aproximarmos dEle ou dirigirmo-nos a Ele, por ser tã além de nossa limitação física, mental e espiritual. Sobre isto, sim, devem ajudá-lo a encontrar o caminho, mostrando-lhe as evidências na Torá que, se delas soubessem tais sábios do Oriente, mudariam sua afirmação com certeza.

R. J. de Oliveira

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