As formas diversificadas de cumprir os mandamentos,
que são vistas por muitos rabinos
e grupos como algo bonito por sua variedade,
a nosso ver causa quase sempre distinção e
divergência entre judeus, e nós aconselhamos
que as pessoas que queiram cumprir
com os preceitos de forma adequada
abstenham-se de
costumes grupais.
Muitos opinam que "saber amar o
que é diferente, e não só
o que a si próprio se assemelha, é bom
e é sinal de virtude". Nós dizemos
que tal afirmativa é
correta, e indiscutível. Mas, ela só
subsiste entre os sábios, e a turba não o é,
geralmente.
Nos dias de R. Mochê ben-Maimon,
este fora perguntado
se é permitido que
se faça isto, enrolar e amarrar as tiras sobre a mão,
após serem dadas as três voltas no dedo.
Os costumes de enrolar as tiras na mão
são tão posteriores como supérfluos.
|
Forma sefardita do ocidente
(judeus hispano-portugueses):
|
Os israelitas na dispersão,
abandonando o costume de colocar
os tefilin durante o dia inteiro,
devido ao temor aos gentios por um lado,
e devido à influência
dos judeus êxules
da Terra de Israel por outro,
que já haviam deixado o cumprimento
correto deste preceito cair no oblívio
devido ao decreto romano, criaram
com o passar dos anos formas de enrolar
as correias dos tefilin no braço
(segundo o qual é mais generalizado
o costume de
sete voltas), e também
na mão, onde por fim terminam
metendo a tira por baixo das voltas nela dadas.
O costume entre os asquenazitas é variado: a direção
das voltas da tira entre os asquenazitas tradicionais é
em sentido oposto ao sefardita. Também
fazem sobre a mão com a tira a forma da letra
"chin",
que dizem completar as duas outras letras
(a letra "iod"
(י) que é o nó do braço),
e a letra "dalet"
(ד), que é formado pelo nó da
tira que envolve a tira da cabeça. Assim, aludem a
um dos Nomes Sagrados (Chadái). Os sefarditas dizem que a
"chin"
(ש) já acha-se nos tefilin frontais, não sendo
necessário nada complementar.
|
|
Em todo caso, é importante que se saiba que não há proibição de que se retire a tira do dedo e enrole-a no braço, em caso de ocupação material qualquer, ou demais eventualidades permitidas, como a pessoa que pretende andar com eles durante o dia inteiro, que pode esconder as tiras dos tefilin frontais enroladas por baixo da quipá, e as do braço enroladas no antebraço, cobertas pela roupa.
Tampouco há número exato de voltas sobre o braço, e mesmo uma única volta que possa garantir que os tefilin não sairão de seu lugar, é permitida.
Seja o mérito de sua colaboração mérito para um futuro abençoado!