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| As Sete Leis de Deus à humanidade |


Pergunta: Me preocupo em servir a Deus, mas não sou integrante de nenhuma denominação religiosa. Tenho alguns amigos evangélicos que me disseram que quem serve a Deus não pode fazer ioga, pois trata-se de uma prática idolátrica. Após ler suas páginas, gostaria que me informasse o que acha dessa afirmativa de meus amigos, pois creio que é uma prática muito revitalizadora para o desenvolvimento físico e interior pessoal.

Resposta:

Como diz em sua missiva, ioga é um ótimo sistema de exercitamento corporal e mental, que conduz o corpo e a alma à harmonia, paz interior e perfeição. É perfeitamente aconselhável. Algumas medidas, porém, devem ser observadas pelo que vem a praticá-la, e isocronamente, evita cair em práticas idólatras.

O grande sábio conhecido como Buda, cujas virtudes influenciaram e influenciam em milhares de seres humanos ainda em nossos dias, jamais foi idólatra, e com certeza, menos ainda se alegraria em saber que o veneram, de cuja problemática situação fugira durante toda sua vida. Algo, porém, é perfeitamente conhecido no mundo em que vivemos: a maioria dos discípulos, seja a que povo e a que fé estejam ligados, têm a tendência de transformar por explicações os ditos dos mestres. Isto, infelizmente, ocorre até mesmo entre nós, os hebreus, muito embora sempre deixam a possibilidade de ver por uma fresta qual foi realmente o proferido e sua veraz intenção, e os que optarem pela verdade, têm a ela acesso simples.

Concernente aos ensinamentos de Buda, entretanto, não é assim, e muitos caíram na falsa aplicação de suas palavras. Os movimentos e as posições da ioga foram conectados a antigos ídolos do oriente, e até mesmo a denominação de cada movimento. Podemos citar como exemplo a "saudação ao sol", e o neófito entenderá a que nos referimos.

O movimento em si é permitido, e nada há nele de mal, sendo salutar e coordena a harmonia no corpo, como fazendo parte de uma grande quantidade de movimentos outros que o complementam de acordo com o desenvolvimento do praticante de ioga. Porém, há uma regra em questões idolátricas segundo a Lei de Deus, seja conforme o pacto feito com a humanidade através de seu antepassado comum (Noé) ou através do pacto feito conosco, os hebreus, no Sinai, com a outorga de nossa santa Lei, mais conhecida como "A Lei de Moisés": caso a pessoa sirva ao ídolo segundo sua forma de o servir, incorre em pena. E, mesmo que não seja o curvar-se perante o ídolo sua forma peculiar de adoração, se curvar-se perante ele, mesmo que não o veja como ídolo incorre da mesma forma. O movimento de "saudação ao sol" é desta classe. Se a pessoa fizer tal movimento perante o sol, ou em direção à nascente, conforme prescrevem os "iogis", está realmente efetuando um ato de adoração, consciente ou não.

Contudo, pode-se curvar em outra direção, que não seja a nascente, sem importar-se com o nome de tal movimento, que é muito posterior, e inventado pelos idólatras. Neste caso, não há problema algum.

Aconselha-se a recorrer sempre a uma pessoa que saiba explicar o conteúdo místico de cada movimento ou posição antes de efetuá-lo, e em todos os casos, agir conforme o exemplo trazido acima. Agindo assim, a pessoa poderá efetuar todos os movimentos e posições da ioga, estando ainda mais próximo em sua forma de agir daquela que era característica de Buda: o caminho do auto-aperfeiçoamento. E, utilizá-la para uma melhor aproximação de Deus, harmonizando-se consigo próprio, com o próximo, com o meio ambiente e com o Criador!

Rabino J. de Oliveira

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