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Pergunta: Todos os dias vemos nos noticiários em geral sobre os acontecimentos no Oriente Médio que Israel está na maioria dos noticiários como assunto principal, e sempre negativa, o que leva a crer que o judeu, que tanto luta contra o anti-semitismo, age de forma similar contra os árabes. Se estou enganado, gostaria que me mostrasse meu erro. Pelo que sei, também os árabes são semitas, pelo que o assunto torna-se ainda mais difícil de ser compreendido.


Resposta:

Caro inquirinte:

Em primeiro lugar, creio serem precípuos os esclarecimentos de dois ítens:

1) que apesar de também os árabes, os curdos e outros povos mesopotâmicos serem semíticos, o termo foi usado somente em relação aos judeus, sendo sinônimo de anti-judaico, e não propriamente anti-semita, pois não se acha nenhum povo no decorre de três mil anos de história nenhum povo semita que ache-se perseguido e marginalizado como nós o judeu. O termo em si é que é errado, e mais correto seria aplicá-lo somente aos que desenvolveram na Europa a tese de "raça superior" e "raças inferiores", entre as quais os semitas em geral são considerados como pertencendo à segunda classe, tanto judeus como àrabes, como qualquer outro. Nas últimas décadas, parece que incluiram os turcos nesta categoria, apesar de estes não serem semitas.

2) Que a imprensa e os meios de comunicação em geral no mundo moderno são essencialmente anti-judaicos, sempre mostrando o que os judeus fazem, e quase nunca o que lhes é feito, e quando o fazem, omitem muito da verdadeira imagem dos fatos em seus relatos, utilizando-se de metodologia informativa a fim de cambiar a verdadeira face, ou até mesmo a ordem dos acontecimentos. Homo homini lupus, diz o provérbio latino. E eu digo que é pior, pois o lobo não sabe falar e utilizar este dom que dera Deus ao ser humano para o mal. A meu ver, é a principal arma anti-semítica para a marginalização e desenvolvimento de novas possibilidades de extermínio do povo judeu em nossos dias encontra-se nos meios de comunicação, especificando-se os da Europa, onde o ódio aos judeus enraizara-se.

Não descarto que possa haver ódio individual, ou seja, que alguns judeus como pessoas particulares odeiem os árabes, pois muito mal se nos foi feito, e não há quase um judeu no moderno Estado de Israel que não tenha um parente próximo, um amigo, vizinho, cônjuge, colega escolar, ou outro, que não haja sucumbido sob algum ato terrorista, como explosões de homens-bomba em ônibus ou locais públicos, ou em tiroteio a sangue frio com o propósito único de matar várias pessoas civis e inocentes.

A imprensa internacional evita publicar atos animalescos e desprovidos de qualquer senso, quando tal ocorre de parte dos árabes. Quando o fazem, evitam repetí-lo, e diminuem não somente a gravidade e os meios utilizados, senão o que envolve o caso em si. Vou citar um exemplo:

Há poucos anos, em determinado assentamento na Samaria, viera protestar contra os ocupantes da região uma moça ainda quase menina, de dezessete anos, e querendo provar que os árabes da cidade vizinha (Ramallah) eram pobres pessoas e cheias de bom coração, incapazes de fazer mal a uma mosca, que qualquer judeu ou judia que comparecesse em seu meio para uma visita formal saíria ileso de qualquer mal, que inclusive o Islam ordena o bem-tratar dos hópedes, e etc. Fez o que disse, e dirigira-se ao lugar.

Mal adentrara uma das redondezas de Ramallah, um grupo de jovens acolhera-a gentilmente, e propuseram-lhe um passeio para conhecer a região e suas belezas naturais. Feliz de poder relatar aos que viviam no assentamento próximo, concordou, sorridente, e assim deixou-se conduzir pelos jovens até um vale, com explêndida paisagem natural, mas de difícil acesso. Ali, foi estuprada e violentada por todas as formas possíveis. Após saciarem suas sanhas, despedaçram seu crânio, e em seguida, todo o corpo, tornando-se quase impossível o resgate do cadáver. Cabe ressaltar que o encontro e o passeio foi feito com a anuência de grande parte da população local, que não eram inocentes no que concerne ao saber o que ia acontecer à pobre moça.

Cabe lembrar que tais atos são proibidos pelo islam. O islamismo não admite nem sequer a mortandade de civis, senão luta armada entre milícias, em casos de defesa ou conquista - e mesmo em caso de djihad. Infelizmente, no mundo atual, o ser humano usa as coisas sagradas para defender suas próprias ideologias. Não pense que estou defendendo nisto a meus irmãos, os judeus. Isto é algo que ocorre no mundo inteiro, e em todos os credos. Mas, com respeito aos àrabes, salvo um ou outro qádi ou imam, guarda-se silêncio com respeito a tais atos e outros piores, ou até, mesmo anuência e garantia de galardão no mundo vindouro. Como se vê em nosso site, lutamos pela garantia de que os judeus fixem-se no que realmente foi outorgado, sem prenderem-se a ideologias grupais rabínicas. Nossas fontes orais e escritas têm de nós fidelidade total, pelo que não nos declaramos nem esquerdistas, nem direitistas, nem qualquer outro em termos políticos. Nem sequer neutros somos. Simplesmente não temos o que fazer neste campo.

Mas tua pergunta não envolve somente o campo político, senão o anti-semitismo, o anti-arabismo, ou seja, antagonismo concernente ao povo, seus costumes, sua cultura e sua religião principal, que é o islam. E, isto, não temos, nem creio que o terá a maioria dos judeus. Mas, é importante que se saiba que não são os árabes tã vitimados como aparentam quando são pela imprensa internacional respaldados.

Cabe lembrar que no período no qual se dera o nascimento do islamismo, o exército de Moĥmed lutara e destruíra o Império Zoroastrista da Pérsia com a ajuda de três mil soldados judeus chefiados por um descendente da dinastia davídica. O califado manteve - tanto em Baghdad, como em Córdoba e África setentrional um governo particular judaico com um tribunal rabínico particular para todo a diáspora. A única dificuldade que tiveram tais legisladores rabínicos foi frente aos governos cristãos da Europa, onde cada resposta em questões de leis judaicas quase nunca chegava intacta ao destinatário, sendo falsificada por sacerdotes pelo caminho, que naquela época eram exímios hebraístas, e bons conhecedores do Talmud.

Árabes e judeus viveram em conjunto através dos séculos, e em lugares onde houve perseguição contra judeus, também houve contra árabes. Veja-se por exemplo a inquisição. Os árabes e os judeus também se defenderam mutuamente.

O que ocorre nesta geração entre judeus e árabes - deve-se dirigir a pergunta às grandes potências - que "aparentemente" buscam uma solução para um problema que eles mesmos criaram; problema este que, secretamente, continuam a alimentar, por seus interesses próprios. Nós e os árabes em conjunto seríamos provavelmente o exício do poderio ocidental, em sua busca insana de plutocracia e domínio imperialista através da hegemonia ou inimizade entre grupos menores e países pequenos.

R. J. de Oliveira

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