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Capítulo 20

01 É proibido retirar uma carga sobre um animal no chabat, pelo que está escrito: "...Para que descanse teu boi e teu asno..." - (Ex 23:12) - tanto faz que seja o boi ou o asno, como qualquer outro animal ou ave. E, se retirar sobre um animal - apesar de estar odenado sobre o descanso do animal - não incorre em penalidade de açoites, por ser uma proibição que vem a partir de um mandamento positivo. Portanto - a pessoa que se achar conduzindo um animal no chabat, e sobre ela estiver alguma carga - é isento

02 Entretanto, não se acha explícito na Torá o escrito "Não farás todo trabalho: tanto tu, quanto teu filho e tua filha,teu servo, tua serva e teu animal..."? (Ex 20:9) - [o termo "animal" neste escrito vem para proibir] que se are a terra usando o animal, ou por qualquer outra forma de arar; portanto, é um mandamento negativo que está sob advertência de pena de morte por julgamento, pelo que não se aplica penalidade de açoites por isto.

03 É proibido para um israelita que empreste ou alugue seu animal para um gentio, para evitar que ele venha a fazer com ele algum trabalho no chabat, pois o israelita está ordenado sobre o descanso do animal. Proibiram os Sábios que se venda um animal para um gentio, pois pode ser que a empreste ou alugue. E, se vender, é multado até a décima parte de seu valor, e obrigado a comprá-la de volta. Mesmo que esteja machucada, não se pode vender. Mas, é permitido vender através de um intermediário, pois um intermediário não empresta ou aluga.

04 É permitido vender cavalo ao gentio, pois o cavalo é destinado à montaria humana, e não para carga. E, o ser vivo, considera-se que ele porta-se a si mesmo. Assim como é proibido vender ao gentio, é proibido vender a outro israelita suspeito de vender ao gentio. Mas, permite-se vender aos gentios gado vacum para abate, desde que faça o abate perante si. Porém não se deve vender por vender, mesmo que seja um novilho, pois pode ser que venha a deixá-lo na espera, e trabalhe com ele.

05 Nos locais onde o costume é que se venda aos gentios animais de pequeno porte, pode-se vender; onde não houver tal costume, é proibido que se venda. E, em todo lugar, é proibido a venda de animais silvestres de porte pesado, da mesma forma como não se vende animais domésticos de porte pesado, senão através de um intermediário.

06 Alguém que no caminho se lhe sobrevier o escurecer, e não tiver consigo um gentio para quem possa entregar sua bolsa, tendo consigo um animal, pode colocar sobre ele enquanto ele anda, e quando quiser parar deve retirar de sobre o animal, para que ele não pare estando [o objeto] sobre sobre si, para que não haja nem levantamento e nem ação de depositar. E, é-lhe proibido tanger o animal, mesmo que seja somente por sua voz, por todo o tempo em que esteja seu pertence sobre ele, para que não se ache conduzindo um animal no chabat. E, decreto é dos Sábios que não se possa depositar sua bolsa sobre o animal, a não ser no caso em que não esteja acompanhado por um gentio.

07 Estando consigo um surdo, um mentecapto ou uma criança, deve pousar sua bolsa sobre o asno, e não dar a nenhum deles, pois são pessoas israelitas. Estando consigo um surdo e um mentecapto, e não havendo um animal, deve dar ao mentecapto. Um mentecapto, e uma criança, deve dar ao mentecapto. Um surdo e uma criança, deve dar a qualquer de ambos que preferir. Não havendo consigo nem animal, nem um gentio, nem um dos citados, pode andar portando-o com interrupções num espaço de menos que quatro "amôt". Até mesmo algo que haja achado casualmente, pode andar com o achado portando-o com interrupções num espaço de menor que quatro "amôt". Mas, antes que venha a ser possessão sua, se puder esperar o anoitecer, deve esperar. E, se não puder, pode andar com o achado portando-o com interrupções em um espaço menor que quatro côvados.

08 É permitido puxar o animal por seu cabresto ou rédea para o "rechut ha-rabim", desde que lhe seja próprio, como a corda de cavalo para o cavalo, "afsar" para camelo, "ĥatam" para a camela e coleira para cachorro. Mas se retirar o animal com a corda que não lhe é a própria - por exemplo - se amarrar uma corda no focinho de um cavalo, ou a rédea que é desnecessária, pois o animal pode ser guardado com menos, como por exemplo se retirar um asno com a corda do cavalo, ou gato com coleira, é tido como carga, pois toda guardia a mais do necessário, ou a menos, é carga.

09 Não pode alguém atar camelos um aos outros, para puxar, e mesmo que estivessem atados em cadeia desde a véspera de chabat, não podem ser puxados no chabat. Mas a pessoa pode meter várias cordas em sua mão, desde que não saia nenhuma corda de dentro de sua mão um "têfaĥ", e é preciso que esteja a corda que se prende à. boca do animal até sua mão um "têfaĥ" acima do solo, ou mais. E, por que não pode-se prender puxar os camelos presos uns aos outros? - - porquê parece como quem leva para a venda na feira de animais, ou que jogam com elas lá. Por isto, não pode sair com o animal com o sino que costuma que leva no pescoço, e mesmo que estiver o badalo enchumaçado, que não emite som algum.

10 Não pode sair o animal com o sinete que leva em sua cobertura, nem com a estampa, e nem com a estampa em sua cobertura. Tampouco com a tira em suas patas, ou com a escada em seu pescoço. Não pode sair o asno com a estoupa sobre si, a não ser no caso em que estiver amarrada a seu corpo desde a véspera de chabat, nem o camelo com a "metutêlet" em sua corcova ou em sua cauda, a não ser que estiver atada à cauda, ou à corcova. Não pode sair o camelo peado, nem em suas patas dianteiras, nem em suas patas traseiras. Isto vale para todos os demais animais.

11 Os galos não podem sair com os fios, nem com as tiras, que se prendem a suas patas. Os carneiros não podem sair com a "carrocinha" que se prende atrás de sua "aliá". Não podem sair as ovelhas com o pano que se coloca sobre suas bocas, para evitar que mordam, ou para evitar que comam.Nem as vacas com a cobertura sobre suas tetas, que são colocados afim de evitar que algum réptil venha a mamar nelas quando dormem. Nem tampouco com a fita que costuma-se prender a seus chifres, seja por embelezamento, ou para guardia. A cabra que tiver seu chifres perfurados pode sair com a corda que lhe é presa a seus chifres, mas, se estiver amarrado a sua barba, é proibido, pois pode terminar por retirar, e portar pelo "rechut ha-rabim". Isto é regra para tudo o que se assemelhe a isto.

12 Os machos podem sair com a pele que se coloca sobre seu membro reprodutivo, que se coloca para evitar que se acasalem; também com a pele que se ata sobre seu tórax, para evitar que sejam atacados por lobos. Também com os lenços bordados, com os quais costumam enfeitá-los. As ovelhas podem sair com a "aliá" presa a suas costas, para facilitar que os machos venham sobre elas, ou sob elas, para evitar. E, podem sair enroladas em panos, que costuma-se colocar para que a lã saia limpa. As cabras podem sair com as tetas atadas, conforme se faz para que o leite se seque. Mas, se fizer isto para que o leite venha, e possa ordenhá-la ao anoitecer, é proibido que saiam assim.

13 Não pode sair um burro com arreio, mesmo que se lhe haja sido posto na véspera do chabat. O cavalo não pode sair com cauda de raposa, nem com "zehorit" entre seus olhos. Não pode sair o animal com "claster" em sua boca, nem tampouco com ferrraduras em suas patas, e nem com com um "qame'ia" que não seja de um especialista em fazê-los propriamente para animais. Mas, pode sair com a curativo e com órtese sobre o osso fraturado, e com a placenta pendurada, e pode encher de chumaço o sino para que ela ande pelo interior do quintal. E, pode-se colocar o baixeiro sobre o burro no chabat, e ele pode andar no quintal com isto; mas não pode-se colocar-lhe o "claster" no chabat.

14 Assim como o homem [israelita] é ordenado sobre o descanso do animal no chabat, de mesma forma é ordenado sobre o descanso de seu escravo e de sua serva, apesar de eles terem consciência própria, e o que fizerem, fazem-no por autoconsciência, é ordenado a cuidar dele para impedir que façam alguma ação proibida de se fazer no chabat, conforme consta escrito: "Para que descanse teu boi e teu asno. e folgue nele o filho de tua serva, e o peregrino..." - (Ex 23:12)

15 O escravo e a serva que nós somos ordenados sobre seu descanso, são os que foram circuncidados e imergiram em miqvá para servidão, aceitando cumprir os mandamentos sobre os quais os escravos [de israelitas] são obrigados. Quanto a escravos que não hajam sido circuncidados e nem imergiram em miqvê, que receberam sobre si somente a guardia das sete leis outorgadas a Nôaĥ - estes são como "ger tochab", sendo permitidos de fazer para si mesmos todo trabalho no chabat, publicamente, como faz o israelita em dia semanal. Mas, não se aceita [que habite entre nós] um "ger tochab" senão quando possa vigorar o "yobel".

16 Sendo que o "ger tochab"pode fazer para si próprio trabalho no chabat, e o "ger tsêdeq" é igual a um israelita em tudo, acerca de qual deles foi dito "para que descanse o filho da tua serva..."? - (Ex 23:12) - acerca do "ger tochab", que é sobre ele responsável o israelita, e é assalariado do israelita, como se fosse sua mãe, a serva: que não faça nenhum trabalho para o israelita que for seu patrão no chabat. Mas, para si mesmo, pode fazer, e até mesmo se for o "ger tochab" este seu escravo, ele pode fazer para si mesmo.


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