Todo o Michnê Torá | Voltar | Glossário
Capítulos:
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 29 | 30 | Todo o livro

Capítulo 28

01 Toda casa de moradia externa à cidade - se houver entre a casa e a cidade 70⅔ côvados, que é o ângulo de um "bet seatáim" quadrada, ou menos que isto, liga-se à cidade, considerando-se parte dela. Ao medirem os dois mil côvados para cada direção, devem fazê-lo a partir dessa casa.

02 Havendo uma casa próxima à cidade setenta côvados, e segunda casa próxima à primeira setenta côvados, e uma terceira casa próxima à segunda setenta côvados - e, assim, mesmo que esteja andando por alguns dias [continuamente], tudo considera-se uma mesma cidade, pelo que ao medir, mede-se desde a última casa, com a [úunica] condição que tenha tal casa 4X4 côvados, ou mais que isto.

03 Similarmente, uma sinagoga que tenha anexo a ela uma compartimento de moradia, para os dirigentes das plegarias, ou um templo idólatria que tenha um compartimento de moradia para seus sacerdotes, ou ainda as despensas que tenham um local anexo para moradia, ou mesmo uma ponte ou uma sepultura junto aos quais haja um anexo para moradia, ou três paredes sem cobertura, cuja medida [interna e de altura do recinto] seja 4X4 côvados, ou "burganim", a casa construída no mar, ou duas paredes sobre as quais haja um teto, uma caverna em cuja entrada haja uma casa para moradia, todos estes conectam-se à cidade, se estiverem dentro do espaço de setenta côvados e pouco. Da mesma casa faz-se como se houvesse um fio esticado diante da cidade, e desse "fio" mede-se dois mil côvados.

04 Estes, porém, não ligam-se a ela: duas paredes sobre as quais não haja uma cobertura, mesmo que habite alguém entre elas, uma ponte, túmulo, sinagoga, casa de serviço estranho de adoração e despensas nas quais não haja compartimento destinado à moradia. Também um poço, uma caverna, um pombal ou quarto de navio, nenhum destes considera-se como ligado à cidade.

05 Se houver duas cidades próximas uma à outra - caso entre elas a distância seja de 141⅓ côvados, para que hajam 70 côvados e resto para uma e para outra, vê-se a ambas como se fossem uma mesma cidade: portanto, pode o cidadão de uma andar por toda a outra, e além dela 2.000 côvados. Havendo três aldeias em triângulo - se entre a do meio e e qualquer uma das externas 2.000 côvados, ou menos, e entre ambas as externas 283 - ⅓ que por isto esteja entre cada uma das duas e a do meio, ao ter-se a si próprio como se estivesse entre elas, 141⅓, as três serão como se fossem uma mesma cidadelha, pelo que mede-se 2.000 côvados além delas para toda direção. Cidade murada e após isto, habitada, mede-se desde que passou a ser habitada. Cidade habitada, e após, murada, mede-se após haver sido murada.

06 Uma cidade comprida ou quadrada, por ter quatro esquinas equalizadas, Deve-se ser vista tal e qual ela é: mede-se 2.000 côvados para cada uma de suas quatro direções. Se for circular, faz-se como se tivesse cantos, como se estivesse dentro de um quadrado, e mede-se a partir dos ângulos [imaginários] 2.000 côvados para cada direção, para estar lucrando o espaço das esquinas [do quadrado imaginário].

07 De igual modo se for triangular, ou tive diversos ângulos: faz-se dela um quadrado, após o que mede-se fora do quadrado 2.000 côvados para cada uma das [quatro] direções. Ao transformar a cidade em quadrado - faz-se de acordo com o quadro universal, de forma que esteja cada direção para um dos pontos cardeais, relacionados a ela. Se for mais larga em um dos sentidos, e estreita em outro, deve-se vê-la como se fosse toda ela larga. Se for como uma forma de "gim", ou arciforme, havendo entre as extremidades menos de 2.000 côvados, mede-se a partir do restante, fazendo como se estivesse o espaço a mais e o arco como se estivesse repleto de casas. Mas, se entre as duas extremidades houverem 4.000 côvados, não mede-se senão a partir do arco.

08 Uma cidade situada à orilha de um arroio, se houver diante dela um promontório cuja largura seja de quatro côvados, suficiente para que se esteja sobre ele e use-se o riacho, o riacho torna-se por isto parte da cidade, e mede-se por causa dele 2.000 côvados a partir da outra margem do arroio, pois o promontório acha-se levantado a seu lado. Se, porém, não houver um promontório, não se faz a medida a não ser a partir das entradas das casas, e acaba sendo o arroio dentro dos 2.000 côvados, que são a partir delas.

09 Moradores de cabanas não têm que medir senão a partir da entrada de suas casas. E, se tiverem três "quintais" de duas casas cada um, todos eles se fazem uma coisa só, e faz-se deles um quadrado [imaginário], dando-se-lhes 2.000 côvados para toda direção; como todas as cidadelhas.

10 Não mede-se senão com uma corda de 50 côvados, nem menos e nem mais [que isto]. E, com corda de linho, desde que não se retese mais que isto. Se chegar a um vale, se sua largura for de cinquenta côvados, de forma que possa ser incluído na corda de medição, inclui-se, desde que seja a profundidade do vale menos que 4.000 côvados.

11 Em que caso? - no caso em que o fio de peso desce diante de si, que nesse caso é impossível o uso do vale; mas, se o fio de peso não desce diante de si, não pode incluir, a não ser que a profundidade seja de 2.000 côvados, ou menos que isto.

12 Se por acaso for um vale oblíquo, mede-se sem meticulosidade, seja direção acima, ou abaixo. No caso de ser o vale mais largo que 50 côvados, de modo que não possa incluir, pode-se ir a um local onde consegue fazê-lo, efetua a inclusão, e vê isto como se tivesse feito no setor onde media, e retornar.

13 Se chegarem a uma muralha não diz-se que “faça-se um orifício nela”, senão calcula-se a olho sua espessura, e continua. E, se for possível seu usufruto, deve-se medir com boa medida, mas se o fio de peso descer diante de si por ela, deve medir sua espessura diligentemente.

14 Chegando a uma colina - se for uma colina escarpada do qual escarpa-se a altura de 10 tefaĥim ao longo de 5 côvados - "inclui", e retorna à medição. E, se for alto demais, que se escarpem dele 10 tefaĥim do espaço de quatro côvados, faz o cálculo a olho, e continua. Porém, caso não possa "incluir", por ser - por exemplo - extenso mais que 50, mede-se sem escrupulosidade, pouco a pouco, pois é isto o que disseram: "...mede-se sem diligência nos montes!"

15 Como mede-se a medida inexata das montanhas, ou dos vales? - duas pessoas pegam uma corda de 4 côvados. Um [deles se coloca no local elevado, sendo este o] superior, que toma a corda e segura junto às pernas, e um inferior que toma a outra extremidade da corda junto ao tórax. O superior desce, e toma o lugar do inferior, e o inferior desce mais, distanciando-se dele segundo a medida da corda. Assim continuam até medirem tudo. Quando for o medidor "incluir" monte ou um vale, não pode sair fora do setor de chabat, para que não seja visto pelos transeuntes, e pensem ser que a medida do setor chega até ali.

16 Não pode-se confiar senão em medição de uma pessoa especializada, que é entendido no conhecimento dos métodos de medição de terras. Havendo um setores de chabat reconhecidos como tal em suas medidas, e vindo um especialista a medir, se aumentar ou diminuir em um deles, admitem-se suas palavras onde aumentar. De igual modo, se vierem dois especialistas, e medirem um setor, um aumentar e o outro diminuir, ouve-se ao que aumentar. Contudo, isto desde que não aumente a mais do que a diagonal da cidade.

17 Como assim? - Ao aumentar um deles, diga-se que é possível que haja o primeiro medido 2.000 côvados da diagonal da cidade, e por isto diminuíra na medida, pelo que acha-se o ângulo da cidade entre si e a cidade menos que 2.000. O outro, portanto, mediu 2.000 do ângulo da cidade. Nesse caso, não se firma no que disser o primeiro, por haver-se equivocado a mais que isto. Assim, se o segundo aumentar a mais que o primeiro, mesmo que forem cinco côvados e aproximadamente oitenta [tefaĥim], aceita-se sua medida; a mais que isto, não.

18 Até mesmo o testemunho de um escravo, ou de uma escrava, é levado em conta no que pertine ao dizerem "até aqui é o setor de chabat!"; e, um adulto é fidedigno ao dizer: "-Lembro-me de que até aqui vínhamos no chabat, quando eu era criança!", e aceita-se tal testemunho com respeito a isto, pois não disseram os Sábios acerca desse assunto para dificultar, senão para facilitar, devido ao fato de ser a medida de 2.000 côvados simplesmente por decreto.


Todo o Michnê Torá | Voltar | Glossário
Capítulos:
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 29 | 30 | Todo o livro
Alguma pergunta? Consulte-nos!