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01
Um
complexo habitacional no qual convivam diversos coabitantes, cada qual tendo sua casa particular,
é permissivo por lei da Torá que todos possam portar por
todo o conjunto,
das casas a seu pátio, e dele às casas.
Isto, porquanto todo o complexo é [considerado] um mesmo
recinto particular.
A lei é a mesma na quelha onde haja uma
ripa, ou viga, que todos os moradores são permitidos de portar por todo o interior do
complexo, e dele para
a viela, ou vice-versa, pois toda canelha é
recinto particular.
Equitativamente, uma
cidade adarvada com muros
cuja altura seja [no mínimo] de 10 tefaĥim, que tiver portais que possam ser fechados à noite, toda ela é [vista como sendo] um
recinto particular.
02
Todavia,
por decreto dos
"soferim" é vedado aos moradores portar no recinto [tido como] particular,
dividido entre os moradores,
até que
associem-se todos os moradores na véspera do chabat - tanto o conjunto residencial quanto o beco, ou a
cidade toda.
Trata-se de
um decreto de
Salomão e de seu tribunal.
03
De igual forma, habitantes de tendas e barracas,
ou um acampamento cercado, não podem portar de uma tenda a outra,
senão após associarem-se todos. Quanto a uma caravana circunvalada, não precisam os componentes associarem-se,
podendo demover de uma tenda à outra sem precisar 'eruv, pois todos já acham-se agremiados, sem serem suas tendas
manentes.
04
Por que razão decretara isto Salomão? - para evitar que as pessoas equivoquem-se, pensando que
"se é permitido retirar dos complexos para as ruas da cidade,
e para suas praças, e delas introduzir a eles, é igualmente permitido retirar da cidade para o campo, e introduzir
do campo para a cidade",
pois cogitariam que as praças e as ruas - por serem recinto de todos em geral,
equiparam-se aos campos e aos desertos - e pensariam que somente complexos são recintos particulares,
sendo que a partir deste raciocínio pensarão que portar objetos não é
uma das ações proibidas,
e que é permitido retirar ou introduzir do recinto particular ao público, e vice-versa.
05
Por isto, decretou que
todo recinto particular que estiver divido entre os moradores - sendo que cada um tem
seu domínio particular, de forma que reste nele
lugar pertencente a todos, e o poderio de todos é igual nele, mas tendo cada um sua parte pessoal nele, que por si só
é recinto particular - como se fosse um recinto público,
que seja proibido retirar do recinto que lhe é essencialmente particular ao que é dividido por todos,
onde o domínio de todos se equivale,
assim como é proibido retirar do recinto particular para o público, senão que use cada um somente do
recinto próprio, até que façam
o associamento, e isto, apesar de ser tudo
recinto particular.
06
Que é tal
'eruv?
Que associem-se entre si com determinado alimento que deve ser depositado na véspera do chabat,
como que dizendo que
"somos comprometidos uns para com os outros, pelo que temos um mesmo alimento em comum,
sendo que nenhum dentre nós tem direito ao setor mais que outro;
senão, assim como o poder de todos nós
é igual neste lugar que nos resta
, de mesmo modo o poder de todos nós é igual no
local
pertencente a cada um por si próprio, pelo que somos todos nós um mesmo
domínio."
Através deste ato, não chegarão ao equívoco,
achando ser permitido retirar ou intrdoduzir dos recinto particular ao recinto público.
07
O compromisso entre os moradores de um complexo habitacional partilhado, é chamado 'eruv.
Quanto ao associar-se entre os moradores que partilham uma mesma quelha, ou entre todos os habitantes de uma cidade,
este é chamado
chituf.
08
Não se faz 'eruv nos complexos residenciais a não ser com pão inteiriço.
Mesmo um pão cuja medida seja um
"seá", se for fatia, não pode-se fazer o 'eruv com ele.
E, se for inteiro, mesmo que tenha o tamanho de um
"issar", pode-se fazer o 'eruv com ele.
Assim como se faz o 'eruv com pão de cereais,
pode-se fazer também com pão de arroz, e pão de lentilhas, porém não com pão de
milhete.
Quanto ao chituf, tanto faz que seja usado o pão, ou demais alimentos.
Exceptua-se somente a água pura, ou o sal puro.
Assim, os
fungos e as
trufas:
não faz-se o "chituf" com eles, por não serem considerados "alimentos".
Se misturar a água e o sal, assemelha-se a salmoura, pelo que pode-se fazer o chituf com a mistura.
09
Qual a medida de alimentos para o chituf? -
um
"kagerogêret" para cada uma das pessoas que partilham a viela,
ou para os habitantes de uma cidade - isto, desde que sejam em número de dezoito pessoas - mas, se forem mais que isto, a medida é duas refeições,
que é o volume equivalente a dezoito
figos ressecados, que são como seis
ovos médios. Mesmo que sejam os coligados em número de milhar, ou de centenas de milhares,
a medida é de duas refeições para todos.
10
Todo alimento sorvido tal e qual é, como pão ou certos cereais,
ou
a carne crua, se fizerem com tais o chituf, a medida é
"duas refeições". E, tudo o que for
"liftan", e o costume popular é comer como acompanhante do pão, como por exemplo o vinho cozido, a carne assada, o vinagre, a salmoura, as azeitonas e
os talos da cebola, a medida é para que comam com um dos tais duas refeições.
11
Se for feito o chituf com
vinho natural, a medida é duas
revi'iôt para todos. O mesmo com o uso de outras bebidas inebriantes.
Se for feito com ovos, a quantidade é dois ovos, e pode-se fazer com eles, mesmo estando crus.
Romãs, duas;
cidra, duas; nozes, cinco; peras, cinco.
Verduras, uma
"litra", cruas ou cozidas.
Se, porém, estiverem meio cozidas, meio não cozidas,
não pode-se fazer o chituf com elas,
por não serem aptas para alimentação.
temperos, uma
"'ucla". Tâmaras, um
"qab".
Figos secos, um "qab". Bloco de figos, um "manê".
Maçãs, um "qab".
Cuscuta, um
punhado.
Fava, ainda verdes, um punhado.
"Ĥazin". As variedades de espinafre fazem parte das verduras, pelo que pode-se fazer com eles o chituf.
As folhas de cebola não podem ser usadas para o chituf, a não ser quando já derem broto e atingirem o comprimento de um
"zêret". Menos que isto, no considera-se alimento.
Todas estas cousas citadas, são como
"liftan"; por isto, estipularam essas medidas para cada um deles. Assim, tudo o que a esses assemelhar-se,
e todo alimento
adiciona-se à medida para o chituf.
12
A litra em todo lugar onde for citada,
é o conteúdo de duas revi'iôt;
a 'ucla, meia revi'it.
Manê, em todo lugar onde for citado,
são
cem "dinarim", e o dinar,
seis ma'ôt.
Quanto à ma'á, é o peso de 16 [grãos] de
cevada.
Um "sela'" contém quatro "dinarim".
A "revi'it" contém em peso ao medir a quantidade de água ou vinho 17½ "dinarim", aproximadamente.
Assim sendo, a "litra" terá por medida de peso 35 "dinarim", e a "'ucla",
9 - ¼ de "dinar".
13
A "seá" citada, onde quer que seja, é o conteúdo de seis
"qabin"; o "qab" contém quatro
"login"; o "log" contém quatro "revi'iôt", sendo que a medida da "revi'it" já foi bem elucidada, e também a medida de seu peso.
Essas são as medidas que o israelita
precisa sempre memorizar.
14
Alimento permissivo - mesmo sendo proibido a quem associa -
pode fazê-lo com ele, e também associar-se ele mesmo.
Como assim? - pode um nazir associar-se com vinho,
e um israelita [qualquer] com
terumá.
E, assim, a pessoa que
fizer voto sobre determinado alimento , ou que haja jurado que tal não comerá, pode associar e associar-se com ele,
pois se não é alimento próprio para um, o é para outra pessoa.
15
Porém algo proibido ao povo em geral, como
"têbhel" cuja terumá não haja sido separada corretamente,
ou o segundo dízimo e heqdech que não hajam sido resgatados de acordo com a halakhá,
não pode-se fazer - nem 'eruv, nem chituf - com eles.
Mas pode-se fazer 'eruv e chituf com
demai,
por ser adequado para os pobres. Também com o segundo dízimo resgatado, e mesmo que nã haja dado a quinta parte, pois o quinto não impede.
Em Jerusalém pode-se fazer o 'eruv com o segundo dízimo, pois lá é ele apto para alimento. Mas, não nas demais cidades..
16
Como faz-se o 'eruv nos complexos habitacionais partilhados? -
toma-se um pão inteiro doado de cada uma das casas,
deposita-se todos em um mesmo utensílio de uma das casas integrantes do complexo,
mesmo que seja no paiol ou no estábulo, ou despensa. Mas, se colocarem em casa na qual haja portão particular,
ou numa
êxedra, ou numa varanda, ou em uma casa naqual não haja a medida de 4X4 côvados,
não é 'eruv.
Quando reunir o 'eruv, bendiz:
17
Como faz-se o chituf de uma quelha? -
toma-se alimento de cada um na equivalência de "kagerogêret",
ou menos que "kagerogêret", no caso de serem muitíssimas pessoas,
e deposita tudo em um mesmo utensílio em um dentre os complexos habitacionais da mesma quelha,
ou em uma das casas. Mesmo uma casa pequena, ou êxedra, ou varanda,
e é chituf. Se, porém, for colocado no espaço aéreo da canelha, não tem validade como chituf.
No caso em que o utensílio for depositado no átrio do complexo habitacional,
é mister que esteja acima do solo um tefaĥ,
para que haja reconhecimento. Bendiz-se, então, a bênção relativa ao 'eruv.
Deve-se proferir, em seguida: "Por intermédio deste chituf, ser-nos-á permitido aos habitantes que circundam este beco retirar e introduzir dos complexos a ele durante o decorrer do chabat."
18
Se dividirem o chituf, mesmo sendo em uma mesma casa,
não tem validade como 'eruv. Mas, se encher um utensílio com o 'eruv,
e deixar um pouco dele ao colocar em outro utensílio,
isto é permitido.
19
Os que fizerem o 'eruv precisam fazê-lo no átrio do complexo habitacional,
para que não perca-se a memória da lei do 'eruv das crianças, pois os petizes não reconheceriam o que for feito no beco.
Portanto, se o chituf for efetuado na quelha por intermédio do uso de um pão, apóia-se neste feito,
sendo desnecessário que um 'eruv seja feito para os complexos entre si,
pois as crianças reconhecem-no, por ser pão.
Um grupo de pessoas que estiverem ceando em uma das casas, e entrar o chabat durante o cear,
o pão que estiver sobre a mesa pode ser tido como 'eruvê hatserôt.
E, se quiserem tê-lo também como chituf, podem fazer isto, apesar de estarem ceando no recinto do complexo.
20
Se um dos moradores de determinado conjunto residencial tomar um pão, e disser:
-Isto é por todos os moradores do complexo!,
ou alimento suficiente para duas refeições, e disser:
-Isto é por todos os moradores que partilham esta quelha!,
não precisa receber de cada um deles;
mas, precisa fazer com que eles tenham posse nisto através de outra pessoa.
Pode fazer com que tomem posse através de seu filho ou de sua filha
maiores, ou por intermédio de seu escravo hebreu, ou sua própria esposa;
mas, não por intermédio de seu filho ou filha menores, ou escravo cananeu, pois o poderio deles, é o mesmo seu.
21
Assim também pode fazê-lo através de sua escrava hebréia,
ainda que seja menor, pois o menor pode transferir o mérito a outros em coisas que forem por "dibrê soferim".
Não é prescindível que faça saber às pessoas que partilham o mesmo recinto residencial que transfere-lhes o poderio,
ou para os moradores que circundam uma mesma viela, pois o mérito de posse que é-lhes transferido;
e,
transfere-se o mérito sobre algo na ausência do que deve tomar posse.
22
Não faz-se nem 'eruv e nem chituf no dia do chabat, senão
na véspera.
Mas, pode-se fazer 'eruvê hatserôt e 'chitufê mevoôt durante o principiar do arrebol,
apesar da anfibologia desse horário, se parte do dia é, ou se da noite.
Sem embargo,
o 'eruv ou o chituf
precisam estar existentes e prontos para alimento.
Por isto, se cair sobre ele um torrão, ou se perder-se, ou se era uma terumá, e impurificou-se ainda de dia,
não tem validade como 'eruv; mas, se ocorrera após o escurecer, é 'eruv.
Em caso de dúvida se foi antes ou depois, é válido como 'eruv, pois no caso de dúvida é apto.
23
Se colocar o 'eruv em uma caixa, e trancar, perdendo a chave antes do escurecer - se não for possível retirar o 'eruv senão realizando uma das ações proibidas no arrebol -
é considerado perdido, pelo que não tem validade como 'eruv, pois não há como sorvê-lo.
Havendo separado a terumat ma'asser, ou a terumá gedolá, e condicionado que não será terumá senão ao escurecer,
não se faz o 'eruv com ela, pois ainda é têbhel no arrebol, e é preciso que seja refeição apta ainda de dia.
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01
Pessoas que partilham um mesmo complexo habitacional, se fizerem o 'eruv
com exceção de um deles apenas,
seja por tenção ou por ou preterição,
tornará este proibido o que for feito pelos demais,
ficando a eles vedado o demover de suas casas para o átrio do complexo, ou deste para elas.
Se, porém, anular este que não fizer o 'eruv
seu mando sobre seu lote no átrio do complexo,
os demais estarão permitidos de retirar de suas casas a ele,
e vice-versa; mas, não à casa deste.
Se anular também sua soberania sobre sua casa e sobre sua alíquota no átrio comunal,
eles estarão permitidos por haverem feito o 'eruv,
e este por anular seu predomínio sobre sua casa e sobre o pátio partilhado:
por ilação, ele estará lítico,
pois não resta-lhe autoridade,
sendo como um hóspede entre eles,
e o hóspede não é causa de interdição.
02
Quem anular o predomínio sem especificação,
achar-se-á rescindindo apenas sobre o pátio, não sobre a casa.
E, quem anular em concernência aos demais partilhantes do mesmo complexo,
precisa fazer isto perante cada um expressivamente, e dizer que "minha soberania está anulada pertinente a ti, a ti e a ti!".
Um herdeiro pode rescindir a predominância, mesmo que seu herdador haja falecido no chabat,
pois o herdeiro é colocado em lugar de seu herdador em absolutamente tudo o que diz respeito à herdade,
sendo a anulação da autoridade no chabat permitida a priori.
03
No caso de dissolverem os que fizerem o 'eruv seu predomínio para quem não o fizer,
este estará permitido de portar, pois ficou só; e eles, proibidos,
pois não resta-lhes autoridade, e não diz-se que "são como hóspedes seus"
pois
não há hóspedes em multidão junto a uma pessoa única.
04
Sendo os que não fizerem o 'eruv dois, ou mais que dois, se anularem sua predominância para os que fizerem-no,
são eles permitidos; e os que não fizerem, proibidos.
Quanto aos que fizerem, não podem estes anular sua supremacia para dois que não fizerem o 'eruv,
pois cada um deles causa interdição a seu símil.
Mesmo que haja voltado atrás um que não haja feito o 'eruv,
dissolvendo sua autoridade para o segundo que não fê-lo,
é proibido, pois no momento em que anulara sua predominância
para os que fizeram o 'eruv, já achava-se em estado de proibição.
Uma pessoa que não haja feito 'eruv, pode anular sua autoridade para um que haja feito;
mas, não vice-versa.
05
Assim como o senhorio pode infirmar a outro a soberania sobre um determinado complexo habitacional,
assim pode-se fazer de um complexo para outro, efetuando a anulação e a ela revindo.
Como assim? -
dois que viverem em um mesmo complexo, e não hajam feito o 'eruv, um deles pode anular sua hegemonia para o segundo,
estando então o segundo a portar através do predomínio nulificado para si por seu coligado,
e este segundo pode rescindir para o primeiro,
e portar [também] o segundo devido à autoridade revogada a si,
sendo que assim podem fazer repetidamente.
Assim sendo, há anulação de autoridade sobre um local em ruínas,
assim como há em tratando-se de agregados habitacionais.
06
Se alguém que cancelar sua autoridade sobre determinado setor,
e posteriormente retirar algo no local sobre o qual anulara sua predomínio,
se por ato intencional, faz com que seja-lhes defeso portar,
por não haver sido consistente em sua anulação.
Se, porém, não foi intencional, não causa interdição,
pois é consistente em sua infirmação.
Em que caso? - no caso em que não tomaram posse adiantamente esses para os quais anulara sua autoridade.
Mas, se adiantaram-se e tomaram posse [da autoridade que se lhes foi conferida] retirando algo, mesmo que haja voltado atrás,
inintencionalmente ou com intenç,ão, não causa-lhes proibição alguma.
07
Havendo duas casas em ambos os lados de um recinto público,
e gentios no chabat havendo levantado um cercado,
não podem anular a autoridade o de uma das casas ao outro da outra casa,
pelo fato de que no dia anterior não lhes era possível o feitio do 'eruv.
Em caso de decesso de um dos moradores que compartilham determinado aglomerado habitacional,
em que venha a deixar sua autoridade para uma das pesoas da rua,
se o estiolamento ocorrer na véspera, o herdeiro - por não ser integrante do complexo - causa-lhes interdição;
se, porém, o óbito der-se após o arrebol, não.
Um dos habitantes da rua que morrer, e deixar sua autoridade para um dos partilhantes do beco,
se orrer o perecimento durante a véspera, não causa proibição, pois já fizeram o 'eruv;
se a partir do arrebol, causa proibição, até que anule para eles a autoridade conferida pelo herdador.
08
Um israelita nato e um prosélito que estiverem juntos numa caverna, e morrer o converso ainda de dia,
mesmo que não tomar para si posse de seus pertences até o arrebol outro israelita,
este que tomar posse causa proibição até que anule, pois é como um herdeiro.
E, se morrer o converso a partir do arrebol,
mesmo que outro israelita tenha tomado posse de seus pertences,
não causa proibição, pois continua na mesma permissividade primeira.
09
Se um israelita morar com um
gentio ou com um
"ger tochab" no mesmo complexo, não há causa de interdição [de porte],
pois a estada do gentio não é [considerada como sendo uma] vivenda,
pois ele se coteja a
uma alimária.
Se, porém, houverem dois israelitas, ou mais, e houver um não judeu vivendo entre eles,
este não judeu
causa-lhes proibição.
Isto é por decreto, para que não permitam que um gentio more em sua adjacência,
para que não assimilem sua conduta.
Por que razão, então, não proibira-se que haja [apenas] um israelita e [apenas] um não judeu? -
por ser algo incomum, pois o israelita temerá que estejam a sós
e este venha a jugulá-lo.
E, já fora proibido que o israelita
esteja mônade com um
gentio.
10
Dois israelitas e um gentio que cohabitarem em um mesmo conjunto,
e os israelitas fizerem 'eruv entre si mesmos,
de nada servirá.
O mesmo se anularem sua autonomia para o gentio,
ou este para eles, ou um israelita para o outro, tornando-se como se fossem uma única pessoa: nada é válido.
isto, porquanto o 'eruv não é funcional onde houver presença gentílica, e sua anulação tampouco tem validade.
Não há conserto, senão se alugarem seu recinto, fazendo com que o gentio esteja como um hóspede entre eles.
De mesmo modo se forem diversos gentios: é mister que aluguem seus recintos para os israelitas,
e então os israelitas que fizerem o 'eruv terão permissão para portar objetos entre si.
Se um dos israelitas locar de um dos gentios, poderá fazer o 'eruv com os demais israelitas, e todos estarão permitidos,
não sendo necessário que cada um deles efetue o aluguel.
11
Havendo dois complexos habitacionais sequentes, um interno a outro,
e um israelita e não israelita morando ambos no interno,
e um israelita no externo a ele, ou vice-versa:
o não judeu causa proibição
para o externo
até que efetue a transição do aluguel.
Isto, por acharem-se os pés do judeu e o não judeu presentes ali.
Quanto ao judeu que habitar o complexo interno,
estará permitido em seu próprio átrio.
12
Pode-se fazer [este] aluguel até mesmo no chabat,
pois o aluguel é [apenas] para
anulação de autoridade sobre o recinto,
e não trata-se de aluguel em realidade, senão de ato de reconhecimento.
Por isto, faz-se o aluguel de um gentio por algo que tenha menos do valor de uma
"perutá"
e sua mulher pode efetuar o aluguel sem sua permissão.
Também seu assalariado, ou seu criado, pode efetuar a transição do aluguel sem que ele saiba,
e mesmo que seja seu assalariado ou seu criado um judeu, pode fazer isto sem seu conhecimento.
Se pedir emprestado do gentio um local onde depositar seus pertences,
e este anuir, por este ato torna-se seu sócio com a consciência do gentio,
e pode devido a isto efetuar o aluguel ele mesmo, sem que este saiba.
Tendo o gentio diversos assalariados ou criados, ou esposas, um deles que efetuar o aluguel, é suficiente.
13
Dois judeus e um gentio que viverem em um mesmo conjunto,
se alugar do gentio no chabat,
cada um dos israelitas pode anular sua autoridade sobre seu setor no chabat, fazendo com isto que torne-se permitido o porte.
de mesmo modo, em caso de defunção do gentio no chabat, um pode anular para o outro,e seráo permitidos de portar.
14
Se um gentio alugar de outro gentio,
e o proprietário não puder exigir a saída do que aluga antes de vencer o prazo pelo qual alugou,
pode-se efetuar a transação de alquiler do segundo gentio,
pois este entra como dono em lugar do proprietário.
Mas, se o proprietário puder retirar o gentio inquilino no momento em que desejar,
se o segundo não estiver presente, e efetuarem o aluguel do primeiro, [que é o proprietário,]
serão os israelitas permitidos [de portar objetos pelo espaço do pátio partilhado].
15
Um complexo no qual convivam vários israelitas e um não judeu,
e as janelas da casas dos israelitas estiverem abertas
uma em relação à outra entre si,
se fizerem o 'eruv usando as janelas,
apesar de estarem lícitos com respeito a transferir objetos
de uma casa à outra através das janelas,
estarão proibidos de transladar de uma casa à outra através das portas,
devido à presença gentílica, até que este alugue sua casa.
Isto, porquanto as pessoas em quantidade não se fazem como uma única pessoa,
havendo no local um não judeu.
16
Um israelita
que profana o chabat publicamente, ou que pratique idolatria,
é igual a um gentio
em todos os sentidos,
pelo que não se pode fazer o 'eruv com ele, e nem ele pode anular,
sendo necessário que efetue-se o aluguel de sua residência,
assim como se faz com o gentio.
Mas, se for um dos
minim que não fazem atos de idolatria, nem tampouco profanam o chabat,
como os
saduceus e os
baitoseus, e todos os que descrêem da Torá Oral - a regra geral, é: -
todo o que não aceita o mandamento do 'eruv,
não pode-se fazer com este o 'eruv, pois não dá crédito a isto,
e tampouco pode-se alugar dele, pois tampouco é como um gentio.
Contudo, ele pode anular sua autoridade sobre seu local para um
israelita cacher, e este é o conserto relativo a ele.
Assim também no caso de haver um israelita cacher e um saduceu no mesmo condomínio:
este faz com que seja proibido o porte para o israelita,
até que anule sua autoridade sobre seu local.
.
"Bendito é Tu, Adonai nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos, e nos ordenaste sobre o mandamento do 'eruv!"
e, diz ainda:
"Por intermédio deste 'eruv será permitido para todos os deste complexo habitacional, retirar e introduzir de uma casa a outra no chabat!"
e é permitido que
um menor receba das pessoas os 'eruvin. Quanto à casa na qual for depositado o 'eruv, não precisa dar o pão.
No caso de estarem acostumados a depositar em determinad casa,
não deve-se cambiar desta, por motivo de conservação da paz.
01
Havendo entre dois conjuntos habitacionais
uma janela,
se houver nela 4x4 tefaĥim ou mais que isto,
e estiver próxima ao solo dentro de 10 tefaĥim,
mesmo que a maior parte dela esteja acima de 10 e um pouco dentro do espaço dos 10 tefaĥim,
ou toda ela dentro do espaço dos 10, e um pouco dela acima,
se desejarem os moradores de ambos os complexos um único 'eruv para todos,
têm permissão para tal, e podem fazer de si próprios como se fossem um mesmo condomínio,
podendo transportar de um para outro. Mas, se quiserem, podem fazer dois 'eruvin, cada complexo habitacional para si próprio.
Sendo a medida da janela menos que quatro ou estando toda ela acima de dez, devem fazer dois 'eruvin, cada qual para si.
02
Em que caso é assim? - no caso de haver uma janela entre os dois complexos. Mas, entre casas, mesmo estando acima de 10 tefaĥim.
De modo similar, uma janela que estiver em andar superior - se quiserem - podem fazer um só 'eruv, e isto, mesmo havendo entre eles uma escadaria.
Isto, porém, se for a medida da janela 4x4. Se for janela circular,
se houver nela a possibilidade de fazer em sua circunferência a medida de 4x4,
é tida
como se fosse quadrada.
03
Um muro que se ache entre dois complexos habitacionais,
ou
monte de feno entre eles,
cuja altura seja menos que 10 tefaĥim, faz-se um 'eruv apenas, e não dois.
Se, porém tiver a altura de 10 tefaĥim ou mais,
deve-se fazer dois
'eruvin, cada qual para si.
Havendo uma escaleira de um lado e outra escaleira do outro,
são tidas como uma porta,
e se quiserem, podem fazer um único 'eruv.
Mesmo que a escaleira seja levantada e apoiada no muro,
que é o caso em que não há como subir através dela enquanto
não for puxada, sendo sua parte inferior distanciada do
muro, mesmo assim isto permite, e que façam um único 'eruv, se o desejarem.
04
Tendo o muro a espessura de 4 tefaĥim,
e fizer uma escaleira de um lado e do outro,
mesmo que sejam afastadas as escaleiras uma da outra -
caso desejem - podem fazer um único 'eruv.
Se na largura do muro não houver 4 tefaĥim,
se não houver entre as escadas 3 tefaĥim,
faz-se um 'eruv apenas; se, porém houver 3, deve-se fazer dois 'eruvin.
05
Se construir
um banco sobre outro
ao lado
do muro,
se houver no inferior
quatro,
deve diminuir. Se o inferior não tiver
quatro,
e entre ele e o superior não houver tres,
deve diminuir.
Assim, se desejarem, podem fazer um único 'eruv.
É mesma lei [aplicada] para
degraus de madeira
apoiados ao muro.
06
Um muro alto que estiver entre dois complexos,
e uma saliência
07 Se cortarem um dátil apoiando o [tronco cortado] ao topo do muro e ao solo, podem fazer um único 'eruv, se desejarem assim. Não é necessário fixá-lo à construção. De modo similar, uma escada: seu próprio peso faz com que seja parte fixa, sendo prescindível pregar à contrução. Havendo palha separando entre ambos os conjuntos habitacionais, e uma escada de um lado e outra doutro, não pode-se fazer um único 'eruv, pois não há quem possa subir por ela, posto que indispõe de apoio. Estando a escada no meio, e a palha de um e outro lado, se quiserem podem fazer dois 'eruvin.
08 Se houver uma árvore ao lado do muro, e fizer dele uma escada para o muro, se quiserem podem fazer um único 'eruv, já que a proibição de "chevut" é quem causa que não possa trepar na árvore. Se, porém, fizer de uma "acherá" uma escada para o muro, não podem fazer um único, pois é proibido trepar nela por determinação da Torá, por ser proibido todo usufruto.
09 Um muro cuja altura seja 10, e pretenderem diminuir de sua altura para que se possa fazer um único 'eruv, se houver no comprimento do local diminuído 4 tefaĥim, pode-se fazer um único 'eruv; se desmontar uma parte do muro até estar abaixo de 10, o lado curto define-se como sendo de um dos complexos, e o resto alto do muro ficará como estando entre ambos.
10 Se abrir-se uma brecha no muro alto que houver entre os complexos - caso a brecha for até dez côvados, faz-se dois 'erubin; mas, se quiserem, podem fazer um único, por ser ela como uma abertura para que se passe por seu intermédio. Se, porém, for a brecha maior que dez côvados, faz-se apenas um 'eruv, e não pode-se fazer dois 'eruvin.
11 No caso de a brecha ser menos que dez [tefaĥim], e quiser completar sua medida para mais que dez, deve-se escavar no muro a altura de dez tefaĥim, e pode-se fazer um único 'eruv. Se, porém, quiser abrir uma brecha a priori mais que dez, é preciso que seja a altura segundo sua própria altura.
12 Havendo uma vala entre dois conjuntos habitacionais, se sua profundidade for 10 [tefaĥim] e largura 4 ou mais, faz-se dois 'eruvin; menos que isto, apenas um 'eruv, e não pode-se fazer dois. Em caso de diminução de sua profundidade com terra ou com seixos, faz-se apenas um 'eruv, e não pode-se fazer dois, pois seixos ou terra tornam-se nulos em relação à vala. Se, todavia, preencher com feno ou palha de cereais, não considera-se diminuição [da profundidade] da vala, até que a anule.
13 Similarmente, se diminuir sua largura com uma tábua ou com um cano colocado ao longo de toda a vala, faz-se apenas um 'eruv, e não podem fazer dois. Quanto a tudo o que pode ser removido no chabat, como um cesto ou um banco, não servem para diminuir por seu intermédio, a não ser no caso de haver ligado ao solo de forma que não seja possível remover sem escavar com uma alavanca.
14 Se for colocada uma tábua cuja largura seja quatro tefaĥim sobre a largura da vala, faz-se um único 'eruv. Se quiserem, porém, podem fazer dois 'eruvin. De modo similar, dois balcões que estejam um em frente ao outro: se for estendida uma tábua cuja largura for quatro tefaĥim entre um e outro, faz-se um único 'eruv, mas se quiserem, podem fazer dois, cada qual para si.
15 Estando uma ao lado da outra, mas não em equivalência, senão uma acima da outra - se entre elas houver menos que três tefaĥim, são como um único balcão. Se, contudo, houver mais que três tefaĥim, cada qual deve fazer o 'eruv'eruv por si.
16 Um muro que se ache entre dois conjuntos habitacionais, alto mais que dez tefaĥim em relação a um dos átrios, e equivalente ao solo do outro, dá-se o lado equiparado ao solo para os moradores do segundo no qual equipara-se ao solo, fazendo-se como sendo área de seu períbolo, pois o usufruto dele é facilmente exequível para estes, e afanoso para os do outro, pelo que dá-se o perímetro aos que tem nele fácil ofelimidade. O mesmo se houver uma vala entre ambos, cuja profundidade for dez tefaĥim para um , e equivalente ao solo do outro: dá-se o largo da vala para os de onde equipara-se ao solo, pois seu uso é facilitado para estes, e laborioso para os outros, pelo que dá-se para os que podem ter nele usufrutuário parável.
17 Sendo o muro entre os dois recintos baixo em concernência ao terreno do superior, e prócero em relação ao inferior, de modo que os moradores do superior possam usar sua espessura por descenso, e os do inferior por desfrecho, os íncolas de ambos são proibidos de usá-lo, até que façam um 'eruv. Sem fazer o 'eruv, não poderão introduzir dele a suas casas, e nem delas retirar a ele.
18 Duas casas entre as quais hajam escombros, que por sua vez seja "rechut ha-yaĥid", se puderem [os moradores de] ambas usarem tal ruína por intermédio de arremesso, causam reciprocamente proibitividade. E, se para [os moradores de] uma delas for o uso fácil, e para [os da] outra não for possível arremessar a ela por ser ela profunda em relação à casa, [os moradores da casa] que podem usar com facilidade, são permitidos de fazer dela uso por meio de arremesso.
19 Todos os tetos da cidade, não obstante a desigualdade no que confere à altura, com todos seus átrios e seus cercados que não sejam destinados à habitação, nos quais não houver espaço superior a um "bet seatáim", incluindo a maior parte dos muros que se acharem entre os malhadouros, com os becos nos quais houver uma ripa ou uma viga, são todos um mesmo recinto, sendo permitido portar neles utensílios que foram deixados lá desde antes de entrar o chabat, mas não os que ficaram dentro das casas, a não ser no caso em que hajam feito 'eruv.
20 Como assim? - por exemplo: se for deixado um utensílio no malhadouro antes do chabat, é indiferente a existência de um 'eruv entre os residentes - é permitido que seja levado do mesmo para o teto ou para o cume de um muro, e de um teto para outro teto que for junto a ele, mesmo que sejam desuniformes no que pertine à proceridade, seja o quanto for, e do outro teto para um segundo pátio, e deste para um teto terceiro de um outro malhadouro, e dele para um beco, e deste para um quarto teto - até transferir por toda a cidade pelos tetos e pelos átrios, ou pelos jardins e cercados não habitacionais, ou por meio dos pátios e estes, ou por intermédio dos três de um para o outro, e do outro para o sequente, com a condição de não introduzir o utensílio a uma das casas, senão no caso em que hajam feito 'eruv os moradores desses lugares um único 'eruv comum a todos.
21 Igualmente, se o utensílio ficar dentro de casa desde antes do chabat, e for retirado para o claustro: não se pode transferir para outro, para outro teto, ou para o topo de um muro, ou para um cabanal cercado não para fim de habitação, a não ser no caso em que hajam feito 'eruv todas as pessoas dos locais pelos quais for transferido o utensílio um mesmo 'eruv entre si.
22 Um poço que estiver entre dois claustros, dele não pode-se retirar água no chabat, a não ser no caso de que haja sido feita sobre si uma barreira cuja altura seja de dez tefaĥim, para que cada um esteja retirando em seu próprio recinto. Onde põe-se a barreira? - se estiver acima da água, é preciso que um têfaĥ da barreira esteja dentro da água; se, porém, estiver a barreira toda ela dentro da água - é preciso que esteja um têfaĥ dela acima da água, para que haja reconhecimento da separação deste recinto e o outro.
23 Semelhantemente, se for colocada uma viga cuja largura seja 4 tefaĥim por sobre o poço, pode-se um baldear de um lado da viga, e o outro do outro lado, e é como se ela houvesse separado totalmente um lado do outro, apesar de a água abaixo da viga estar mesclada. Trata-se de uma atenuação que fizeram os Sábios no que concerne a casos relacionados á água.
24 Um poço que se ache no meio de um caminho entre dois muros de átrios, apesar de estar afastado de cada um dos muros quatro tefaĥim - os moradores de ambos os lados podem baldear dele, sem necessidade de construir saliências desde os muros por sobre o poço, pois não há causa de proibitividade pelo que é retirado através do espaço aéreo.
25 Um pequeno conjunto residencial cujo muro desmoronar totalmente em relação a outro maior ainda durante o dia da véspera de chabat, os moradores do maior podem fazer 'eruv entre si mesmos, e são permitidos [de portar objetos entre si], pois restaram "passin" de um lado e de outro; quanto aos do menor, são proibidos de retirar de suas casas para seu próprio pátio enquanto não fizerem 'eruv com os moradores do mais extenso, porquanto as moradias deste são tidas como ponderosas entre os do exíguo, e, em contraposição, as do módico não são significativas entre os do mais amplo.
26 Dois complexos habitacionais cujos moradores fizerem um 'eruv através de uma abertura entre ambos, ou por uma fenestra, caso lacrem-se durante o chabat, a cada qual fica lícito o porte em seu próprio setor, pois por haver sido o porte lítico em parte do chabat, fica permissivo durante todo o chabat. Assim também dois complexos que houverem feito 'eruv cada um por si, e a quadrela entre eles cair no chabat, cada um deles tem permissividade de portar dentro de seu próprio território até o local onde se situava, E, mesmo que haja sido aumentado o número de moradias, pois se era permitido numa parte do chabat, fica permitido todo o chabat. Se abrir-se a fenestra, ou for feita abertura entre ambos inintencionalmente, ou se um dos gentios abrir por si próprio, volta à permissividade. De modo similar, dois barcos que estiverem amarrados um ao outro, e for feito o 'eruv, e eles se soltarem: é proibido portar de um ao outro, e mesmo que estiverem ambos cercados por um mesmo óbice. se voltarem a estarem amarrados por forma inintencional, tornam à permissividade.
.
01
Pessoas
de um mesmo complexo habitacional que ceiem sempre a uma mesma mesa,
mesmo que cada um tenha sua casa em separado - prescindem o 'eruv - por serem como componentes de uma mesma casa.
Assim como a esposa de alguém, ou seus filhos
e os que moram em sua casa, ou seus servos, não causam-lhe proibitividade,
são estes, sendo expletivo que se faça 'eruv entre tais,
pois utilizam uma [mesma] mesa.
02
De modo similar, se precisarem fazer o 'eruv com pessoas de outra aglomeração residencial,
será um único para todos, e um pão, apenas,
a ser levado para o local onde fizerem-no por seu intermédio.
As pessoas que a elas for trazido, não precisam fazer 'eruv,
a exemplo da casa onde é depositado,
cujos moradores não precisam fornecer o pão,
devido ao fato de serem todas essas casas como uma única,
em consideração.
03 Assim também as pessoas de um mesmo complexo,
que houverem feito o 'eruv: são como [componentes de] uma mesma casa,
pelo que se precisarem fazer 'eruv com outro,
necessitam de apenas um pão,
levado por todos ao local onde o 'eruv é feito.
No caso em que o 'eruv venha a eles, não necessitam fornecer pão algum.
04
Cinco pessoas que houverem cobrado o 'eruv para o conduzir de um lugar ao local onde será depositado,
quando fizerem-no não necessitam conduzir senão um pão, apenas,
pois já que fizeram a cobrança [em conjunto],
são como [integrantes de] uma mesma casa.
05
O pai e o filho, ou o rabino e seu discípulo
que achem-se permanentemente no mesmo complexo habitacional,
não necessitam 'eruv, por serem como [integrantes de] uma mesma casa.
Apesar de que às vezes comem em uma mesma mesa,
e às vezes, não, são como [habitantes de] uma mesma casa.
06
Irmãos que cada um deles tiver uma casa em separado, e não dependem mais da mesa de seu pai,
ou mulheres, e [até mesmo] escravos que não estiverem sempre dependendo da mesa de seu marido,
ou de seu senhor, mas comam de suas mesas o salário por trabalho feito por tempo determinados
ou por algum favor que hajam feito,
assim como pessoas que comem em companhia de um amigo durante uma semana,
ou durante um mês, se não houverem inquilinos no complexo,
não necessitam 'eruv. Se, porém, forem fazer 'eruv com outro complexo,
cada um precisa fazer em separado; outrossim, se a eles vier o 'eruv, não precisam dar [seu próprio] pão.
E, caso hajam inquilinos no mesmo,
é preciso que cada um forneça [seu próprio] pão, como todos os demais,
pois não estão dependentes sempre de uma [mesma] mesa.
07
Cinco ajuntamentos de pessoas que decidirem passar o chabat em um mesmo triclínio,
se houver entre cada um deles um tabique que chegue ao teto, cada um dos grupos de pessoas
será como um quarto particular, ou como um andar particular,
pelo que precisarão todos os grupos
um pão à parte.
Mas, se os tabiques não alcançam o teto,
basta um pão para todos, pois são todas as pessoas como se fossem de uma mesa casa.
08 Se alguém tiver um amigo que morar em um complexo habitacional no qual houver uma guarita,
e à qual tiver o público acesso liberado,
ou êxadra, varanda, curral, ou mesmo local de armazenamento de palha ou de madeira,
ou despensa, isto não causa-lhe proibitividade,
a não ser que exista no mesmo recinto um
local designado para moradia, no qual costuma vir para alimentar-se,
e somente assim causará proibitividade, até que faça 'eruv com o morador.
Portanto, se designar para si mesmo um local provido de portão para ali se alimentar,
ou uma êxadra, ou guarita, não causa proitividade, pois não trata-se de local destinado à moradia.
09 Dez casas que estejam
uma mais interna em relação à precedente,
a casa mais interna e a segunda em relação, são as que devem trazer o 'eruv.
As demais oito não precisam fazê-lo,
pois são como
vestíbulos, e quem mora na casa tida como vestíbulo,
não causa proibitividade.
Quanto à nona, o público não anda por lá, motivo pelo qual causa proibitividade, enquanto não trouxer o 'eruv.
10 Dois aglomerados domiciliares entre os quais hajam
três casas abertas uma para a outra,
se trouxerem os moradores de um deles seu 'eruv através da casa intermediária,
depositando-o ali,
e assim os do outro, trouxerem seu 'eruv através dela,
e nela depositarem, nenhuma dentre as três casas precisa dar nenhum pão;
a intermediária - por haverem depositado nela o 'eruv, e
as duas das extremidades, por serem como vestíbulos em relação a ela.
11
Duas aglomerações residenciais e entre elas
duas casas abertas uma para a outra,
se trouxerem os de uma das casas o 'eruv através da casa aberta a eles,
e depositarem na outra casa, encostada no complexo oposto,
e os da outra trouxerem o seu através da passagem que se lhes é aberta,
depositando na vizinha, ninguém dentre os moradores de ambas aquire o 'eruv,
pois tanto um quanto o outro deposita no vestíbulo da outra casa.
12
Caso um dos moradores de algum complexo habitacional estiver agonizante,
apesar de não perdurar em vida ainda durante aquele mesmo dia,
causa proibitividade sobre todos os seus coabitantes,
enquanto não fizerem com que possua um pão,
e façam o 'eruv por ele.
Semelhantemente, um menor de idade,
mesmo que não consiga comer a quantidade de uma azeitona,
causa proibitividade, até que faça-se por ele.
O hóspede, entretanto, não causa proitividade jamais, conforme esclarecemos.
13
Um dos moradores de determinado aglomerado que deixar sua casa para passar o chabat em alguma casa de outro complexo,
mesmo que o mesmo estiver junto ao seu próprio,
se for por decisão particular, e não pretender retornar no decorrer daquele mesmo chabat,
não causa este proibitividade sobre os demais.
Em que caso é isto assim? - em que trate-se de um [filho de] Israel;
mas, no caso de um gentio, se for hospedar-se em outra cidade, causa-lhes proibitividade, até que aluguem dele o local, pois pode ser que venha no chabat.
14
Um dono de um complexo que alugar uma das casas do mesmo para outrem,
deixando ali utensílios ou tipos de mercadorias em cada uma das casas,
não causam [os moradores] proibitividade [ao proprietário].
Pelo fato de ter um pertence em cada uma das casas, tornam-se [os inquilinos] em relação a ele como hóspedes.
Em que caso? - em que haja deixado lá coisas cujo porte seja proibido no chabat, como
"têbel" ou um
fanal.
Mas, se deixar em cada casa utensílios cujo porte é permissivo,
pelo fato de poderem retirá-los durante o dia [de chabat],
não resta-lhe posse, pelo que esses causam proibitividade, até que efetue-se o 'eruv.
15
Moradores de um determinado conjunto
que esquecerem-se, e não fizerem o 'eruv,
não poderão retirar de suas casas para o pátio, ou deste para suas casas.
Porém, poderão portar utensílios que ficarem no alvalade [desde antes do chabat,] no chabat,
por todo o espaço do mesmo, ou por todo setor que seja tido como sendo parte do complexo.
No caso de haver um balcão, ou
elevação domiciliar,
e fizerem os moradores do complexo, do balcão e da elevação o 'eruv para si próprios cada qual à parte,
os do balcão ou da elevação poderã portar utensílios que ficarem em suas casas desde antes do chabat
por todo o espaço do balcão e do que conta-se como fazendo parte dele, ou da elevação e do que conta-se como que fazendo parte dela,
e os do complexo, por todo seu espaço, e locais os quais sejam tidos como que sendo parte dele.
De igual modo se morar uma pessoa única no complexo,
e uma única no balcão, ou na elevação: caso esquecerem-se e não fizerem 'eruv,
o que mora na elevação poderá portar em todo seu espaço e no que veja-se como parte dela,
e o do complexo, nele,
em todo seu espaço e no que considera-se parte dele.
16 Como assim: -
uma rocha ou um outeiro,
e semelhante, que estiver dentro do setor de um complexo habitacional - se não tiver a altura de dez tefaĥim,
deverá ser tidos como que estando entre o complexo e o balão,
sendo que a qualquer dentre ambos é proibido retirar utensílios das casas.
Se forem mais altos que dez tefaĥim,
e entre um desses e o balcão houver menos que quatro tefaĥim,
será qualquer um deles tido como parte do balcão, pois há equivalência entre eles,
e os moradores do balcão tem permissão neles.
Se, porém, forem distantes do balcão quatro tefaĥim,
ou mais que isto, apesar de sua altura ser dez tefaĥim,
serão tidos como parte integrante do setor do complexo,
e, isocronamente, do balcão, pelo fato de os moradores de ambos poderem utilizá-los por arremesso.
Portanto, é proibido a ambos retirar de suas casas para ali
utensílios, sem que façam 'eruv.
No caso de uma lápide cuja espessura for quatro tefaĥim,
não causam os moradores do balão proibitividade aos que habitam no complexo,
pois para eles é ela resvaladiça.
17
"Zizin" em paredes, tudo o que for abaixo de dez tefaĥim é tido como parte do conjunto residencial,
sendo que os moradores dele poderão usá-lo [no chabat];
e, tudo o que for elevado estando dentro do espaço de dez tefaĥim
superiores próximos ao à elevação,
os moradores dela poderão usá-los.
O que ficar entre os dez inferiores até os dez superiores, dentre as saliências que estiverem ali,
serão ambos proibidos de usá-las, sendo que os moradores das casas não poderão fazer uso com os utensílios domésticos,
senão após fazer o 'eruv.
18
Se houver um
poço no pátio do complexo,
se estiver cheio de frutos
tebalim,
que é é proibido portar no chabat,
ou coisas parecidas neste sentido,
tanto ele como sua
clausura em torno de sua boca
são como uma rocha ou outeiro que poderia estar no recinto do complexo.
Se for sua altura mais que dez tefahim,
e próximo ao balcão,
será tido como fazendo parte dele; se, porém, estiver cheio de água,
não poderão - nem os moradores do complexo, nem os do balcão - retirarem dele para as casas,
enquanto não fizerem o 'eruv.
19
Dois aglomerados residenciais - um interno em relação a outro -
sendo que os moradores do interno ao saírem e entrarem passem pelo externo,
se os moradores do interno fizerem o 'eruv, e não os do externo,
os do interno são permitidos, e não os do externo.
Se, porém, os externos fizerem-no, e não os do interno,
os de ambos serão proibidos,
sendo os do externo por não haverem feito o 'eruv, e os do externo por causa dos que não havendo feito o 'eruv estarem passando por ele.
Se cada grupo fizer à parte, cada um será permitido em separado,
cada grupo para si, e não poderão transferir de um para o outro.
20
Se esquecer-se um dos moradores do externo, e deixar de fazer o 'eruv,
os internos permanecerão em sua permissividade;
mas, se um dentre os do interno se esquecer,
também os do externo estarão proibidos,
pois seu 'eruv ficará invalidado pelo fato de passarem por ele.
21
No caso de os moradores de ambos os aglomerados domiciliares fazerem
um único 'eruv, se depositarem-no no externo, e esquecer uma das pessoas de participar do 'eruv -
seja um dos integrantes do interior, ou do exterior - os integrantes de ambos os conjuntos estarão proibidos,
até que este que esquecer anule sua propriedade para os demais, como já esclarecemos que
anula-se de um complexo para outro.
E, se depositarem o 'eruv no interno, e esquecer-se um dos moradores do externo de participar -
o externo fica proibido, e o interno,
permitido em seu próprio setor. [Portanto,] se esquecer um dos moradores do interno, os componentes de ambos ficam em proibição, até que anule [sua propriedade] para [todos] eles.
22 No caso de morar uma [única] pessoa em um conjunto residencial, e outra em outro,
não precisam 'eruv, senão cada um poderá usar seu póprio setor, todo ele.
Mas, caso haja um não judeu morando no interno,
mesmo sendo uma única pessoa,
deve ser tido como uma multidão,
e causa proibição para o externo,
até que aluguem seu local.
23
Três conjuntos residenciais abertos um para o outro,
e
muitos moradores em cada um deles, se o intermediário fizer o 'eruv com os dois extremos,
este estará permitido em relação a ambos. Os dois extremos, porém, ficam proibidos um em relação ao outro,
enquanto não fizerem todos os três um único 'eruv.
Se houver
apenas uma pessoa em cada um deles,
mesmo que pessoas diversas façam presença no primeiro dentre eles,
não necessitarão esses fazer 'eruv,
pois cada um deles tem permissividade total em seu próprio local.
Havendo
dois moradores no interior,
sendo eles, portanto, proibidos em seu próprio local,
causam proibição para
o intermediário, e o externo, enquanto não fizerem 'eruv os dois do interno.
Esta é a regra:
o pé que for proibido em seu próprio lugar, causa proibitividade fora de seu lugar;
e, o que for permitido em seu próprio lugar,
não causa proibitividade fora de seu lugar,
pois precisa passar por tais locais.
24
Duas sacadas, uma acima da outra, que
ambas se achem sobre local de água
25 Se a superior não fizer o tabique, mas a inferior fizer, inclusive a inferior estará proibida de baldear. Se fizer a superior, e não a inferior, a superior estará permitida, mas não a inferior. Porém, se a inferior tomar parte na construção do tabique da superior, ambas estarão proibidas, até que seja feito 'eruv por ambas em conjunto.
26 Três "dyiotot, uma acima da outra, que pertençam a inferior e a superior a uma pessoa, e a intermediária a outra, não pode-se fazer descer da superior para a inferior por corda, atravessando a "diotá" intermediária, pois não se transporta de um recinto a outro através de um recinto intermediário. Todavia, pode-se transferir da superior para a inferior, se não tiver que passar pela intermediária.
27 Duas "diotot", uma junta à outra, e entre elas um complexo domiciliar no qual costumam verter água, não poderão fazê-lo se não fizerem ambas um único 'eruv. Se uns dentre eles fizerem uma sanja, para nela entornar sua água, e parte deles não fizerem, esses que fizerem poderão despejar em sua sanja, e os que não fizerem não poderão derramar, enquanto não fizerem o 'eruv. Se, porém, cada qual fizer sua sanja, poderão permissivamente desaguar cada um em sua própria sanja, e mesmo sem 'eruv.
.
01
Íncolas de uma mesma viela que forem quinhoeiros em qualquer classe de cibo com finalidade mercatória -
por exemplo: se societariamente mercarem vinho, óleo, mel
ou homólogos, é-lhes prescindível al para servir como
chituf no que pertine ao chabat,
podendo apoiar-se no fato de serem compartes naquela mercadoria. Isto, desde que sejam as coisas que possuem por sociedade
uma mesma classe de coisas, e num mesmo recipiente.
Mas, se alguém for sócio de um em vinho, e de outro em óleo,
ou se for a sociedade somente em vinho, mas em dois utensílios,
esses precisarão fazer um chituf para o chabat.
02
Se um dos habitantes da viela instar de um contíguo vinho ou óleo antes do chabat,
e este não ceder, estará anulado o chituf,
pois deixa claro que não são todos [eles do tipo de] associados que não são
rigorosos uns para com os outros.
Um dos moradores da caleja que de modo consuetudinário associa-se com os demais moradores,
se não o fizer, estes são anuentes de entrar em sua casa, e tomar o chituf contrapondo-se a seu desígnio.
Quanto a alguém dentre os moradores da quelha que peremptoriamente
não quiser associar-se com os demais moradores,
eles têm o poder de compulsão para obrigá-lo a associar-se.
03
Caso algum dos agregados de uma travessa possua uma enoteca ou despensa oleícola,
ou similares, esse poderá ceder porções a cada dos demais íncolas da ruela com a finalidade
de que usem-no para associarem-se, e pode fazer o 'eruv para eles, com isto.
E, isto, mesmo que não haja retirado dentre o acúmulo, ou separado como sendo especial,
permanecendo miscrado com todo o contido no depósito,
mesmo assim, é válido como chituf.
04
Um complexo residencial que tiver acesso a duas ruelas,
se fizer o chituf com apenas uma delas,
ficará proibido com relação ô outra,
não podendo a ela introduzir ou dela retirar.
Portanto, se alguém de tal viela conceder direito de posse para todos os demais moradores da mesma,
fazendo o chituf por eles,
é preciso fazer saber aos íncolas do complexo,
pois não podem fazer o chituf sem sua anuência,
pois não é seu direito, podendo ser que queiram fazer o chituf com a ruela outra, e não com esta.
05
Uma esposa pode fazer o 'eruv por seu cônjuge, sem que este o saiba,
desde que ele não esteja em condição causadora de proibitividade para com seus vizinhos.
Se, porém, for o caso, não pode a mulher fazer o 'eruv ou chituf, a não ser com sua consciência.
Como é "condição de causador de proibitividade"? - por exemplo:
se disse a seus coabitantes: "- Não mesclo-me convosco!, ou: "- Não associo-me a vós!"!"
06
Se moradores de um aglomerado residencial e alguém de uma das duas vielas fizerem o chituf - se fizerem-no com um mesmo produto - mesmo que tal haja acabado,
pode fazer outro chituf e conceder-lhe posse nele,
não sendo necessário comunicar-lhes nesta segunda vez.
Mas, se em duas classes de produtos fizerem,
e diminuir o alimento, pode aumentar, sem que seja preciso torná-los côncios;
se, porém, findar plenamente, pode ceder-lhes propriedade,
mas é necessário comunicar-lhes. Em caso de aumento no número de moradores da ruela,
pode conceder-lhes propriedade, mas é preciso comunicar-lhes.
07
Se fizerem chituf inquilinos de um conjunto residencial
com moradores de uma canelha que se ache à lateral de um dos acessos a ele,
e com moradores de outra que achar-se ao
outro passadiço,
serão permitidos com ambas, e ambas em relação a ele, mas serão proibidas as ruelas entre si.
Não havendo feito o 'eruv com uma delas, causa proibição a ambas.
08 Se o público morador de algum complexo é aquilotado a um dentre dois meios de acesso,
e o outro for inusitado,
aquele cujo acesso é costumeiro causa proibitividade,
e o outro, não.
Se fizerem 'eruv com a ruela do lado inusual,
a do lado de uso curial torna-se lítica,
sem que seja necessário 'eruv com o complexo.
09 Se os íncolas de uma ruela com a qual o contato de determinado complexo é costumeiro fizerem 'eruv entre si,
mas não fizerem com tais os moradores do conjunto residencial,
e tampouco com moradores da outra viela,
com os quais o contato é insólito,
deve-se forçar que o complexo faça uso desta que não é-lhe curial,
pelo fato de estes não haverem efetuado o 'eruv.
Pelo fato de o complexo não fazer 'eruv, e a travessa tampouco, causa-se que se faça uso dele,
para evitar que cause proibitividade [de porte]
aos moradores da viela que fez o 'eruv.
10 O complexo residencial que tiver um de seus portões direcionado a uma quelha,
e outro para um vale, ou para um terreno cercado mais extenso que um
"bet seatáim", devido ao fato de não ser permitido o porte desse complexo para o terreno,
é claro que não intenciona-se nisto a não ser em relação ao portal da viela.
Portanto causa proibitividade aos moradores da mesma, até que faça com eles o chituf.
E, se for o terreno [citado] menos extenso que um "bet seatáim", não causa proibitividade aos habitantes da viela,
pois em seu portal especial tem intenção de uso principal,
pois é-lhe permitido transportar por todo o terreno.
11
Se alguém dentre os habitantes de uma viela for passar o chabat em outra,
não causa proibitividade a eles;
e, de modo similar, se um dos moradores de uma travessa construir uma lápide
cuja largura for de quatro tefaĥim diante de sua porta,
não causa proibitividade aos outros, pois separara-se dos demais,
fazendo seu próprio setor.
12
Moradores de alguma ruela que associarem-se parte deles,
e parte deles se esquecerem, deixando de fazer o chituf -
anula-se sua propriedade em favor dos que fizeram -
sendo a lei em pertinência a eles
no que concerne à anulação de propriedade,
a mesma concernente a pessoas de um mesmo complexo residencial onde um deles olvidar-se,
ou dois deles, deixando de fazer o 'eruv.
E, já dissemos que toda pessoa - ele e os de sua casa
que são sustentados por ele - são como uma única pessoa,
tanto em pertinência a 'eruvê hatserôt,
quanto em concernência a chitufê mevoôt.
13
A canelha em que todos os moradores de complexos residenciais tenham feito o 'eruv cada complexo para si próprio,
e, após, fizerem o chituf com os moradores da dita canelha,
caso um dos moradores de um dos complexos olvidar-se,
deixando de efetuar o 'eruv com seus coabitantes,
não terá descalabro algum, pois se todos fizeram o chituf,
é nele que se firmam, e não torna-se necessário fazer 'eruv nos complexos, quando há chituf,
senão para evitar
o oblívio por parte dos párvulos - e, o 'eruv nos complexos.
Mas, se esquecer-se um dos moradores de um dos conjuntos habitacionais, e não fizer o 'eruv,
ficam proibidos de usar o setor da caleja,
sendo permitido para os moradores dos complexos portar apenas em seus pátios,
pois vielas em relação a eles são como os mesmos em relação às casas.
14
Se fizerem o chituf com a viela,
e esquecerem-se de fazer o 'eruv nos conjuntos,
se não se importam tanto com seus próprios pães,
podem apoiar-se nesse chituf para o primeiro chabat unicamente,
mas não permite-se isto senão em casos extremos.
15 Se em uma quelha não fizerem entre si os moradores o chituf - se fizerem o 'eruv entre os complexos e as casas -
não pode-se portar neles senão no espaço de quatro côvados,
como na
carmelit, pois por haverem feito o eruv entre complexos e casas,
fica a viela como se não fossem abertas a ele senão casas, somente,
sem seus complexos habitacionais, e por isto não pode-se transportar em todo ele.
E, se não fizerem 'eruv os do complexo,
pode-se portar nele todo utensílios que ficaram lá desde antes do chabat,
como no caso do conjunto habitacional onde não for feito o 'eruv.
16
Um
gentio ou um
saduceu
que
acharem-se em algum conjunto residencial ou em alguma viela,
a lei pertinente a ele em relação aos moradores da viela
é a mesma que aplica-se aos moradores do conjunto,
que precisam alugar do gentio ou de um dos de sua casa sua posse na viela, ou pode anular o saduceu.
E, se houver na travessa
um gentio e um israelita,
não é necessário que faça o chituf.
Quanto à lei de um israelita, e a lei de diversos israelitas que
dependem de uma mesma mesa, é igual.
17
Se na ruela morar um gentio,
e este tiver uma porta qualquer para um vale,
não causa proibição para os moradores da viela.
E, isto, mesmo que for a porta diminuta,
cujas medidas forem 4X4 tefaĥim,
e mesmo se retira camelos e
armazenamentos através da porta que tem na viela,
mesmo assim, não causa-lhes proibição,
pelo fato de
importar-se mais com a porta que é-lhe especial,
direcionada ao vale.
Similarmente, se for aberto em direção a um
"qarpef" cujo território for maior que
"bet seatáim, que é como se fosse aberto para um vale,
não lhes causa proibição.
Se, poréo for [espaço territorial do "qarpef"] exatamente a medida de "bet seatáim",
ou menor que isto,
não pode ater-se a isto,
pois causa proibitividade, enquanto não for dele alugado.
18
Uma caleja na qual em um dos lados morarem gentios, e no outro, judeus,
e as janelas forem abertas do complexo gentílico para o judaico,
se fizerem o 'eruv por meio das janelas,
mesmo sendo tidos como se fossem uma única pessoa,
e permitidos de introduzir aos recintos ou deles retirar através de janelas,
são proibidos de portar na viela usando as portas, enquanto não alugarem dos gentios,
e isto porquanto não se fazem como uma única pessoa onde há gentios.
19
Como se faz o "chituf" numa cidade? -
cada conjunto residencial deve fazer o 'eruv por si,
para evitar o oblívio dentre as párvulos,
após o que fazem o "chituf" os concidadãos entre si,
assim como se procede em uma canelha.
Se a cidade for propriedade pessoal de alguém,
mesmo que depois haja passado a ser de diversas pessoas,
podem fazer todos um "chituf" único,
e podem portar por toda a cidade.
O mesmo se dá ser for de diversas e tiver um portal único,
que fazem todos um único chituf.
20
Se a cidade, porém, for pertence de diversas pessoas,
e tiver dois portais, um para entrada e outro para saída,
mesmo tornando-se a cidade propriedade de uma única pessoa,
não faz-se "chituf" por ela toda,
senão deixa-se um local qualquer,
mesmo que seja uma casa apenas de todo um complexo,
e faz-se o "chituf" entre o restante.
Serão então todos os que fizerem o "chituf"
permitidos de portar por toda a cidade,
com excessão daquele local que deixaram.
Ficarão os demais permitidos de portar em seu próprio lugar
pelo "chituf" que farão para si mesmos, se forem muitas pessoas.
Mas, são proibidos de portar por todo o restante da cidade.
21 E, isto, é somente para reconhecimento,
para que saiba-se que o 'eruv é que lhes dá
permissão de porte por toda a cidade onde muitos pisam,
pois o local que ficou, com o qual não foi feito o "chituf"
nele, senão cada qual por si.
22 Cidade que for pertence público
e tiver apenas um portal e uma escada em determinado local,
pode-se fazer o 'eruv por toda ela,
sem que seja prescindível deixar local algum -
pois a escada no muro não equipara-se a um portal.
Quanto às casas que forem deixadas [sem que seja feito com elas o 'eruv],
mesmo sem serem abertas em direção à cidade,
tendo suas partes de trás para cidade, e suas fachadas na direção oposta,
pode-se fazer delas "o restante", e fazer o 'eruv com as demais.
23
Aquele que favorecer a seus concidadãos no "chituf",
se fizerem todos um mesmo 'eruv,
não necessita fazê-los saber que estão favorecidos.
e a lei concernente a alguém que não houver feito o "chituf",
ou que for passar o chabat em outra cidade,
ou um gentio que estiver com eles na cidade,
é a mesma que pertine a estes no caso de um conjunto residencial, ou de uma viela.
24 Uma cidade na qual todos seus cidadãos houverem feito "chituf", exceptuando-se apenas um beco,
este causará proibitividade a todos. Mas, se construírem uma lápide em frente à entrada de uma travessa,
não causa proibitividade. Por isto, não faz-se 'eruv parcial para cidades:
ou faz-se por toda ela, ou por cada uma de suas ruelas, e constrói-se uma lápide em sua porta,
caso queira separar sua propriedade da deles, para que não causem proibitividade aos demais becos.
01
Se uma pessoa sair da cidade na
véspera do chabat,
e depositar alimento para duas refeições distante da cidade dentro do
setor de chabat,
decidindo que ali passará o chabat, mesmo que retorne a sua casa e durma lá,
deve ser tida essa pessoa como se houvesse passado o chabat no local onde depositou as duas refeições,
sendo isto o que chama-se
"'eruvê tehumin".
02
E, essa pessoa terá direito de caminhar a partir do local de seu 'eruv
dois mil côvados em qualquer direção.
Portanto, ao ir desde o local de seu 'eruv no dia sequente
dois mil côvados em relação à cidade,
não pode andar na cidade senão
até o local de onde empeçou a medir.
Mas, se a cidade estiver completamente dentro de sua medida,
toda ela torna-se como se fosse o espaço de quatro Côvados,
e deve
completar sua medição em seu exterior.
03
Como assim? - digamos que haja depositado seu 'eruv na distância de 1.000 côvados
em relação à casa onde mora, em sua cidade, em direção leste,
pode caminhar 2.000 côvados desde o local de seu 'eruv para oeste,
1.000 até
sua casa, e mais 1.000 desde sua casa - dentro da cidade -
mas não pode caminhar na cidade senão
até o final dos 1.000 côvados.
04 Portanto, se depositar seu 'eruv
na distância de 2.000 côvados desde sua casa na cidade,
perderá o direito de caminhar por toda a cidade,
sendo que pode caminhar desde sua casa até seu 'eruv
2.000 côvados, e desde seu 'eruv até sua casa 2.000 côvados,
e não pode andar a partir de sua casa na cidade
na direção do ocidente nem sequer um côvado.
05 Se alguém depositar seu 'eruv em um
"rechut ha-yahid" - mesmo se for em uma cidade tão grande quanto Nínive,
ou ainda que seja em uma cidade em ruínas,
ou até uma caverna
que for apta para servir de local de moradia -
pode andar por toda ela,
e ir além dela 2.000 côvados em qualquer direção.
Se alguém depositar seu 'eruv dentro da cidade onde passará o chabat,
seu feitio é nulo, pelo que não consideram-se as medidas a partir do local de seu 'eruv,
sendo ele como todos os demais citadinos,
que todos têm 2.000 côvados em qualquer direção
no exterior da cidade.
Caso congenérico:
se depositar-se o 'eruv em locais que vêem-se como parte citadina,
que quando fazem a medida do setor de chabat, mede-se a partir de além deles,
sendo que faz-se deles parte integrante da cidade.
[Outro caso:] se colocar além do setor, não tem validade como 'eruv.
06 Não pode-se fazer 'eruvê tehumin senão por algo de razão preceitual,
por exemplo, caso queira ir visitar um enlutado,
ou a uma festa de
consumação de conúbio, receber seu mestre de Torá, ou um amigo que venha de viagem, ou semelhantes.
Também por temor, como por exemplo, se quiser fugir de gentios,
de salteadores, ou casos semelhantes.
Se - porém, fez o 'eruv não para uma dessas coisas,
senão por motivos variados, o 'eruv é válido.
07 Com tudo o que pode-se fazer o chituf
faz-se 'eruv tehumin.
E, tudo o que não serve para que com tal seja feito o chituf,
não se faz tampouco 'eruv tehumin com os mesmos.
Que medida necessita o 'eruv tehumin? - alimento suficiente para duas refeições para cada pessoa,
e se for
"liftan", o suficiente para comer com ele duas refeições, idêntico ao chituf.
08
É mister que estejam a pessoa e seu 'eruv em um mesmo lugar,
para que seja possível comêlo durante o arrebol.
Portanto, no caso de haver pensado em passar o chabat em um
recinto púlico e depositado seu 'eruv em um
recinto particular ou vice-versa -
não considera-se seu 'eruv como tal,
pois não é possível retirá-lo do recinto particular
para o recinto público durante o arrebol,
senão em transgressão,
09 Porém, se tiver a intenção de passar o chabat no recinto particular,
ou no recinto público e depositar seu 'eruv na
carmelit, ou tiver a intenção de passar o chabat na carmelit,
e depositar seu 'eruv no recinto particular ou no recinto público,
o 'eruv é válido, pois durante o tempo em que faz-se a
"aquisição do 'eruv",
que é o arrebol, é permitido introduzir ou retirar
de qualquer um dentre ambos os recintos para a carmelit,
desde que seja por motivo preceitual,
pois tudo o que é proibido por decreto dos Sábios
não decretaram a proibição durante o arrebol em caso preceitual,
ou em situações de extrema gravidade.
10 Caso deposite em uma
caixa, e perder a chave - se puder retirar sem efetuar uma
ação proibida,
é válido;, pois não há proibição de se fazer algo
durante o arrebol por motivo preceitual, a não ser que trate-se de uma das
ações proibidas.
Se depositar o 'eruv no topo de uma
cana ou no topo de uma
vara que germinam [diretamente] da terra,
não é válido como 'eruv,
por decreto - para que
não venha a desarraigar.
Se porém, eram já desarraigados, [e apenas] fincados no chão
o 'eruv é válido.
11 Toda pessoa que depositar seu 'eruv em que lugar for,
tem no dito local de seu 'eruv quatro côvados.
Portanto, a pessoa que depositar seu 'eruv no limite do setor [de chabat]
e este rolar e terminar por cair fora do setor dentro de dois côvados,
é válido como 'eruv, como se fosse feito em seu próprio local;
se, porém, cair fora de dois côvados,
não vale como 'eruv, pois foi feito fora do setor [de chabat].
E, se a pessoa fizer seu 'eruv em local externo ao setor,
não é válido, pois não tem como chegar a ele.
12 Se o 'eruv rolar para fora do setor, perder-se ou queimar-se,
ou ainda se for feito de
terumá e impurificar-se,
se ocorrer um destes casos durante o dia, não é válido como 'eruv;
porém, se tal se der durante o arrebol,
é válido, pois a aquisição do 'eruv se faz durante o arrebol.
Em caso de dubiedade, é válido,
pois o 'eruv duvidoso é válido.
Portanto, se comer o 'eruv durante o arrebol, ele permanece válido.
13
Se duas pessoas lhe disseram:
"-Sai, e faz o 'eruv por nós!",
e houver feito por um deles ainda durante o dia,
e pelo outro durante o arrebol,
esse pelo qual fizera durante o dia -
seu 'eruv deve ser sorvido durante o arrebol,
e o do outro, pelo qual fizera durante o arrebol,
deve ser comido após o intróito do escurecer.
Ambos adquiriram o 'eruv, pois o que fora feito durante o arrebol, é válido,
posto que durante o arrebol é caso dúbio, mas caso de dúvida em 'eruv, significa validade.
Apesar disto, se há dúvida acerca do princípio do escurecer,
se é, ou não, a priori não se faz 'eruvê tehumin;
mas, caso fizer, terá validade.
14 Se cair sobre o 'eruv um
monturo ainda durante o dia da véspera,
se puder retirar sem efetuar uma ação proibida,
será válido, pois é permitido retirar no arrebol,
que é o tempo para a aquisição do 'eruv.
Se cair sobre ele um monturo desde o escurecer,
é válido como 'eruv,
apesar de não haver possibilidade de o retirar
sem efetuar uma ação proibida.
Em caso de dúvida - se caiu ainda de dia, ou se caiu desde o anoitecer -
é válido, pois o 'eruv dúbio considera-se válido.
15
Mas, se fizer o 'eruv com uma terumá
na qual há dúvida se impurificou-se,
não é 'eruv válido,
pois não há uma refeição apta para ser sorvida.
De modo similar - se tiver diante de si duas porções de terumá,
sendo uma pura e a outra impura,
sem que saiba qual das duas é qual,
e disser: "Meu 'eruv está na [terumá] pura,
esteja onde estiver!"
não vale como 'eruv,
pois não há uma refeição apta para ser sorvida.
16 Se declarar que "esta porção é - no dia de hoje - profana, e amanhã - consagrada!",
e fizer o 'eruv com ela, o 'eruv é válido,
pois durante o arrebol ainda não se consagrara.
Mas, se disser: "Hoje é consagrada, e amanhã será profana",
não poderá fazer o 'eruv com ela,
pois não será apta para ser sorvida até que escureça.
Similarmente, se separar a terumá,
e condicionar que não será terumá
enquanto não cair o escurecer, pois ainda será
têvel durante todo o arrebol,
e é preciso que seja uma refeição apta para ser sorvida desde a véspera.
17
Se alguém depositar seu 'eruv no cemitério,
o mesmo é sem validade, pois o cemitério é local proibido para proveito próprio,
e por querer que seu 'eruv subsista lá após a aquisição,
achar-se-á tirando dele proveito para si.
Se colocar em um local onde havia um túmulo, e foi arado,
é o 'eruv válido,
e mesmo se for de um cohen,
pois pode entrar lá
em algo suspenso no ar,
ou
soprando pouco a pouco, enquanto anda.
18 Pessoas em quantidade que quiserem associar-se em 'eruvê tehumin
devem reunir todos eles seus
'eruvin, equivalente a duas refeições para cada um,
e depositar em um mesmo utensílio no lugar onde quiserem.
Se fizer um deles o 'eruv por todos eles,
é mister que os benefecie com o mérito nele
através de uma pessoa à parte,
e é prescindível que os faça sabedores do fato.
Isto, porquanto não se faz 'eruv por ninguém sem sua consciência,
pois pode ser que não deseja que seu 'eruv seja feito na mesma direção que quer o outro.
Se fê-lo saber ainda durante o dia na véspera, mesmo que este não o quis,
senão após o escurecer, é válido.
Mas, se não fê-lo saber senão após o escurecer,
não é-lhe válido, pois não se faz 'eruv a partir do escurecer.
19
Todo o que tem direito a ser beneficiado com 'eruvê hatserôt,
pode-se através dele dar mérito em casos de 'eruvê tehumin;
e, todo o que não há como ser beneficiado no mérito de 'eruvê tehumin,
não se beneficia através deste em 'eruvê tehumin.
20 Pode uma pessoa dar uma
ma'á ao ba'al ha-báit,
para que este compre para si um pão e faça o 'eruv para si.
Mas, se der a um
comerciante, ou a um padeiro,
dizendo:
"-Concede-me direito (ao 'eruv) por meio desta ma'á!",
não será válido como 'eruv.
Mas, se disser:
"-Faça o 'eruv por mim usando esta ma'á!",
tal pessoa pode pegar um pão ou um dos produtos alimentícios
e fazer por ele o 'eruv
Todavia, se der-lhe um utensílio e disser:
"-Dá-me produtos de alimento em troca disto,
e concede-me por seu intermédio direito (ao 'eruv)!",
pode este pegar o alimento e fazer o 'eruv por ele.
21
Toda pessoa pode fazer 'eruvê tehumin
por intermédio de seu filho ou filha
pequenos,
por intermédio de seu
servo cananeu,
ou serva cananéia, conscientes do que fazem, ou não.
Portanto, se fizer por eles, e eles fizerem por si mesmos,
desobrigam-se através do 'eruv de seu amo.
Porém, não se faz o 'eruv
por intermédio do
filho ou filha adultos,
nem tampouco através de seu servo ou serva hebréia,
ou mesmo sua esposa,
senão tendo eles a consciência de tal coisa,
inobstante serem eles seus
dependentes.
Se, porém, fizer por eles,
e eles permanecerem na oitiva e tácitos,
desobrigam-se através de seu 'eruv.
Outrossim, se fizer por cada um deles,
e eles fizerem por si,
não há maior protesto que este,
pelo que desobrigam-se [somente] pelo que fizerem eles mesmos.
Um menor, de seis anos abaixo,
desobriga-se pelo 'eruv de sua própria mãe,
e não prescinde que deposite por ele duas refeições excedentes.
22
Se alguém desejar enviar seu 'eruv por mãos de outrem
no intuito de que este o deposite onde pretende passar o chabat,
é livre para fazê-lo.
Ao enviar - contudo - não o faça por intermédio
de um surdo, de um mentecapto ou de um
menor etático,
nem tampouco por intermédio de quem consigo
não houver aceite do mandamento de 'eruv.
Se enviar, não haverá validade para tal 'eruv.
Se - outrossim - enviar por intermédio de um destes descabidos para que levem-no a alguém que seja apto,
para que este o porte e deposite no local reservado para o 'eruv,
mesmo que envie em um macaco ou elefante,
é válido. Isto, porém, desde que esteja presente à distâcia,
e veja que o inapto, ou o animal, chegou até a pessoa apta,
ao qual disse que levasse o 'eruv.
Semelhantemente, pessoas em grupo
que desejarem associciar-se em 'eruvê tehumin:
se quiserem enviar seu 'eruv por intermédio
de uma única pessoa, podem fazê-lo.
23
Uma pessoa particular, ou um grupo de pessoas - se disserem para alguém: "-Faz o 'eruv por nós!
e este fizer numa direção qualquer segundo lhe apraz,
é válido,
pois eles é que não determinaram-lhe uma direção em especial.
Se alguém disser a um confidente:
"-Faz o 'eruv por mim com tâmaras!",
e este fizer com figos ressessos,
ou vice-versa,
ou ainda se disser que ponha em uma caixa,
e colocar em um pombal, ou vice-versa,
em uma casa, e depositar em um sótão, ou vice-versa,
não tem validade.
Mas, no caso de haver dito: "-Faz o 'eruv por mim!"
sem proferir qualquer acréscimo,
e este o fizer - seja com tâmaras ou com figos secos,
seja na casa ou no sótão,
é válido o 'eruv.
24
Do mesmo modo que deve-se bendizer pelos 'eruvê hatserôt,
bendiz-se sobre 'eruvê tehumin,
e recita-se em seguida:
"Por meio deste 'eruv ser-me-á
permitido andar desde este local
dois mil côvados em qualquer direção!"
E, se estiver fazendo por outras pessoas,
deve recitar:
"Por meio deste 'eruv será
permitido para fulano e siclano..." ou: "...para pessoas de tal lugar...", ou ainda "...de tal cidade..." "...andar desde este local
dois mil côvados em qualquer direção!"
01
Alguém que sair no parasceve para fora da cidade,
estiver em determinado local dentro do setor de chabat,
ou em seu confim, e disser:
"-Meu chabat será passado neste local!" -
retornando em seguida a sua cidade
e pernoitando lá,
tem permissão para caminhar no dia seguinte desde aquele local
2.000 côvados em qualquer direção.
Este é o 'eruv fundamentalmente, que seja feito por caminhada.
Não foi dito que possa ser feito
com depósito de alimento de duas refeições apenas
em determinado local,
apesar de não haver estado lá,
senão para facilitar para pessoas ricas,
que não precise sair,
podendo enviar seu 'eruv por mãos de outrem,
para que depositem-no para si.
02
E, assim, se teve a intenção de marcar certo local como seu local de chabat,
como determinada árvore, casa ou cercado, cujo local é-lhe conhecido,
e houver entre si e aquilo desde ao escurecer 2.000 côvados, ou menos,
e tomar pelo caminho,
andando o suficiente para chegar ao local
e declarar como seu local de chabat,
mesmo se não chegar lá, havendo algum amigo
feito com que retorne para hospedar-se consigo,
ou havendo demorado por si mesmo,
tem permissão para ir até aquele local onde intencionou,e, dali, 2.000 côvados em qualquer direção.
Isto, porquanto por haver decidido em seu coração
que iria determinar tal local para seu chabat,
e tomou o caminho,
faz-se como se houvesse estado lá,
ou que houvesse depositado ali seu 'eruv.
03
Em que caso é assim? -
no caso de um pobre, que não força-se a colocar o 'eruv;
ou em caso extremo, como se alguém vem pelo caminho e teme que escureça.
Mas - isto, desde que reste do dia tempo suficiente para chegar ao local
no qual determinou seu chabat antes do escurecer, se correr com toda sua capacidade,
e houver entre si e o local ao escurecer 2.000 côvados ou menos que isto.
Mas, não sendo em casos extremos e nem tratando-se de um pobre,
ou não restando tempo durante o dia para chegar ao local
- mesmo correndo com toda sua força -
ou se houver entre o local onde planeja passar o chabat,
e o local onde se encontrar no momento do escurecer
mais que 2.000 côvados,
ou não souber determinar com exatidão o local
onde quer determinar seu local de chabat,
não adquire tal à distância,
pelo que não resta-lhe 2.000 côvados em qualquer direção
a partir do local onde estiver ao escurecer.
04 Se uma pessoa se colocar ainda na véspera no rechut ha-yahid,
e designar o local para chabat
ou que vier pelo caminho
e intencionar passar o chabat
no rechut ha-yahid,
pode andar por todo ele,
e além de seus limites 2.000 côvados
em qualquer direção; mas, se tal rechut ha-yahid
for um local que não estiver cercado para servir de moradia,
ou for uma colina, ou fóvea,
se for um "bet seatáim", ou menor que isto,
pode percorrer todo o setor,
e além de seus limites
2.000 côvados em qualquer direção.
Se - porém - for mais que
"bet seatáim",
não tem mais que quatro côvados no setor,
e além dele 2.000 côvados em qualquer direção.
Similarmente, alguém que depositar seu 'eruv
em um local que não for destinado a moradia.
05
Quem pretender passar o chabat em determinado local à distância,
e não especificar o lugar onde fá-lo-á,
não designa tal local para sua estadia de chabat.
Como assim? - Vindo pelo caminho, disse: "-Meu local para perpassar o chabat, será tal campo!",
ou "...tal vale!", ou ainda
"...daqui a mil côvados!",
ou "...a dois mil côvados, desde aqui!,
não obtém direito a passar o chabat no local à distância,
e não tem permissão
a percorrer dois mil côvados
em qualquer direção
desde o lugar onde estiver ao escurecer.
06 Se disser:
"-Meu chabat será passado sob ávore tal!",
ou "...sob tal penhasco!" -
se o espaço sob a árvore ou sob a rocha
for oito côvados, ou mais que isto,
não adquire o local,
por não haver demarcado com exatidão
o local para passar o chabat,
pois ao vir estar no chabat dentro de quatro càvados,
pode ser que sejam outros quatro côvados o local adquirido.
Portanto, é preciso que declare que seu chabat será passado sob a base [da árvore],
ou nos quatro côvados ao sul ou ao norte [sob o rochedo].
Mas se sob tal houver menos que oito,
e intencionar passar o chabat sob o mesmo,
adquire o direito de passar o chabat ali, pois não há medida de dois lugares,
e uma parte do local foi assinalada.
07 Vindo duas pessoas pelo caminho,
uma delas conhece a árvore ou o cercado,
ou [seja qual for] o local onde pretende determinar para passar o chabat,
e a outra não, o que não conhece
precisa outorgar seu direito de demarcar o local
para passar nele o chabat para a que conhece,
e a que conhece intenciona
- ela e acompanhante -
de passar ali o chabat.
08
Citadinos que enviarem um dentre os seus
para que deposite por eles um 'eruv em local pré-definido,
e este tomar o caminho, e um amigo o fizer retornar,
os citadinos não adquirem local para passar o chabat naquele mesmo local,
pois não foi depositado por eles 'eruv algum,
e eles não podem sair da cidade
senão dois mil côvados
em que direção for.
Quanto a este, adquire seu local para prepassar o chabat,
pois havendo saído a caminho,
intencionou passar ali o chabat,
e conseguiu a aquisição
por haver tomado caminho.
Portanto, pode no dia seguinte ir até tal local,
e desde ali, 2.000 côvados
em qualquer direção.
09
Isto que dizemos que precisa o que quer adquirir local
para passar o chabat à distância,
não significa que precisa sair e chegar até o campo,
senão se apenas descer do andar superior
e for na direção do local,
e antes de sair do portão do quintal
um amigo o fizer retornar,
[considera-se que] este tomou o caminho,
e adquiriu o direito a passar o chabat naquele lugar.
É, portanto, desnecessário dizer
que se alguém sair a pé e estiver no local,
que este adquiriu o direito de passar o chabat ali,
e nem precisa dizer nada,
pois por [simplesmente] ter a intenção
em seu coração, adquire.
10 Os estudantes que vão ceiar
nas noites de chabat
pelos campos e pelos parrais,
hospedados por pessoas de posses,
cujas portas estão abertas
para os viajores que ali chegam e pernoitam,
só podem andar 2.000 côvados em qualquer direção
a partir do bet ha-midrach,
não do local onde ceiam,
pela razão de que se tivessem sua refeição no bet ha-midrach,
não iriam ao campo, além do que não têm consciência de moradia
senão em concernência ao bet ha-midrach.
01
Não pode-se colocar dois 'eruvin - um ao leste, e outro ao oeste -
no intuito de ir no dia seguinte, parte do dia, por um dos dois,
e no resto do dia, pelo outro,
pois não se faz dois 'eruvin
para um mesmo dia.
Em caso de haver feito em duas direções por engano,
ou por pensar que pode-se fazer em duas direções,
ou se houver dito a duas pessoas: "-Saíde, fazei por mim o 'eruv!",
e um fizer para o setentrião e outro para o austro,
pode andar segundo ambos.
02
Como é isto, que pode andar conforme o feito de ambos? -
não pode caminhar a não ser
por onde ambos podem andar.
Se um colocar o 'eruv
na distância de mil côvados ao oriente,
e o segundo a 500 côvados de distância ao ocidente,
esse para o qual foi feito o 'eruv
não pode andar na região ocidental
senão até mil côvados,
segundo o que lhe foi feito no oriente;
e, no oriente, não pode andar senão até 1.500 côvados,
segundo o que e lhe foi feito no ocidente.
Portanto, se fizer o 'eruv, ou fizerem-no por si
dois 'eruvin como estes, um na distâcia de dois mil para o oriente,
e outro no ocidente em mesma distância, não poderá mover-se de seu lugar.
03
Pode-se fazer dois 'eruvin em duas direções,
fazendo condição, dizendo: "-Se ocorrer algum motivo preceitual,
ou eu for obrigado por algo amanã, e precisar do 'eruv para esta direção,
este será o 'eruv sore o qual apóio-me;
quanto ao outro 'eruv, ficará nulo!
Mas, se eu necessitar de ambas as direções,
poderei apoiar-me em qualquer dentre eles que preferir,
e àquele que eu quiser, irei;
quanto ao outro, não será nada!
Se, contudo, nada se me ocorrer,
e eu não necessitar de nenhum deles,
não serão de validade nenhum dentre eles,
e não me apoiarei em nenhum deles como 'eruv,
sendo minha condião como qualquer outro morador de minha cidade,
e terei dois mil côvados em qualquer direção,
a partir do lado externo da muralha [da cidade]!"
04
De mesmo modo que é proibido sair do setor no chabat,
é proibido no yom tov e no yom kipur.
E, do mesmo modo como a pessoa que retirar de um recinto a outro no chabat
é passível - assim também o é no yom kipur.
Quanto ao yom tov, é permitido o porte de um recinto a outro.
Portanto, faz-se 'eruvê hatserôt
e chitufê mevoôt para o yom kipur
assim como se faz para o chabat, e 'eruvê tehumin
para yom kipur e para yom tov assim como se faz para o chabat.
05
Se cair o yom tov perto do chabat,
seja antes ou após ele,
ou dois yamim tovim da diáspora,
pode-se fazer dois 'eruvin em duas direções,
apoiando-se no qual preferir para o primeiro dia,
e no outro para a outra direção,
no dia sequente, ou ainda fazer um único 'eruv
apoiando-se nele para um dos dois dias,
fazendo-se no outro dia como qualquer dos habitantes da cidade,
como se não houvesse feito 'eruv algum.
Em que caso? - no que concerne a dois dias de yom tov da diáspora;
mas no que pertine aos dois dias de roch ha-chaná,
são ambos como se fossem um mesmo dia,
pelo que não pode fazer 'eruv para os dois dias, senão para uma mesma direção.
06
De maneira similar, pode-se fazer condição sobre o 'eruv, dizendo:
"-Meu 'eruv é para este chabat, e não para outro!",
ou "-...para outro chabat, e não para este!,
ou ainda: "-...para chabatôt, mas não para yamim tovim!",
ou "-...para yamim tovim, e não para chabatôt!"
07 Se disser a cinco pessoas:
"-Eis que faço o 'eruv sobre qualquer um dentre vós, segundo minha preferência,
e se eu quiser, poderá ir; se não, não poderá!"
mesmo se quiser somente desde o escurecer,
poderá ir, pois tudo o que é por designação dos soferim,
recai sobre o caso o direito da escolha.
E, pode-se fazer 'eruv para todos os chabatôt do ano,
dizendo: "-Se eu desejar, irei; se não, não irei, mantendo-me como os meus concidadãos!,
e em todo chabat que escolher, poderá ir,
mesmo se decidir somente a partir do escurecer.
08
A pessoa que fizer o 'eruv
para os dois dias de yom tov,
ou para chabat e yom tov -
mesmo se fizer para uma só direção -
precisa que o 'eruv esteja
tanto na primeira noite quanto na segunda,
no local, durante o arrebol.
Como se faz? - leva-o na véspera de yom tov,
ou na véspera de chabat, e permanece ali
desde o arrebol até escurecer.
Se for yom tov, pode levá-lo, ao retornar, levando-o no dia seguinte
ao mesmo local até que escureça.
Se for noite de chabat, deve comê-lo, e se for noite de yom tov
pode levá-lo, pois são duas classes distintas de santidade,
não sendo como um único dia,
para que digamos que desde a noite do primeiro dia de yom tov pode adquirir
direito ao 'eruv para o segundo.
09 Se o 'eruv for manducado no primeiro dia,
o direito é aquisito unicamente para o primeiro dia,
ficando sem 'eruv para o sequente.
No caso de que faça o 'eruv por estiraço,
o estirão será forçoso também no subsecutivo.
Isto, porém, somente no caso em que vá e esteja no local,
tendo em seu coração o fito de aquisição
de direito ao local para nele decorrer o chabat.
Se, contudo, for seu antojo o feitio do 'eruv por meio de pão,
é mister que seja feito com aquesse mesmo pão no dia consecutivo.
10
O yom kipur que concomitar com o parasceve,
ou com o dia sequente ao chabat,
no eão em que se faz a sacralização do mês por meio da visiva selênica,
a meu parecer serão como um único dia,
tendo uma mesma classe de santidade.
11 Isso que dissemos que é facultativo que as pessoas
possam fazer o 'eruv em dois sentidos para ambos os dias,
é isto contanto que possa chegar a cada um desses no dia primeiro.
Se, porém, não é-lhe factível
chegar ao local do 'eruv do dia segundo ainda no primeiro,
seu 'eruv para o dia segundo é írrito.
Isto, porquanto o 'eruv caducário é que esteja na vianda
já aptificada desde a véspera.
E - posto que não pode chegar a ele no primeiro dia - considera-se como vianda inapta no hesterno.
12
Como assim? - por exemplo, se colocar seu 'eruv
na distância de dois mil côvados
de sua residência na direção oriental
apoiando-se sobre o mesmo para o primeiro dia,
e o segundo 'eruv distante de sua casa,
no sentido ocidental, um côvado,
ou cem, ou até mesmo mil côvados,
o segundo não terá validade alguma como 'eruv,
por não ter acesso a ele, pois não resta-lhe [território] algum
na direção do ocidente.
13
Todavia, se situar o 'eruv
na distâcia de mil e quinhentos côvados de sua casa ao oriente,
e apoiar-se nele para o primeiro dia;
e, quanto ao segundo, depositar distante de sua casa ao ocidente,
dentro de quinhentos côvados,
afim de apoiar-se nele para o segundo dia,
terá validade;
pois é possível chegar aonde está localizado
no dia primeiro.
14
Se o yom tov for concomitante com o parasceve,
não pode-se fazer o 'eruv em seu decurso,
nem 'eruv hatserôt, e nem 'eruv tehumin,
senão no preliminar,
no dia quinto semanal,
que é a véspera do yom tov.
Se coincindirem os dois dias de yom tov
com o quinto dia semanal e com o parasceve,
deverá fazer o 'eruv no quarto dia,
seja 'eruvê tehumin
ou 'eruvê hatserôt.
Se esquecer e não fizer, poderá fazer 'eruvê hatserôt
no dia quinto, ou mesmo na véspera de chabat, condicionando-o;
mas, não 'eruvê tehumin.
15
Como condiciona-se? - dizendo, no dia quinto semanal:
"-se o dia de hoje for yom tov, seja o que eu profiro, trivial;
e, se não for, seja válido como 'eruv!"
No dia sequente, diz:
"-Se for hoje yom tov, já fiz o 'eruv dantes;
o que profiro é, portanto, algo nugatório.
Mas, se ontem houver decorrido o yom tov, este é o 'eruv!"
Em que caso isto é possível? -
no dois dias de yom tov da diáspora.
Todavia, no que concerne aos dois dias de rosch ha-chaná,
eles são como um único dia, não havendo como fazer o 'eruv
durante sua decorrência,
senão unicamente na véspera do yom tov.
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