Voltar

Teamim para a leitura da Torá

primeira aula | segunda aula | terceira aula | quarta aula | quinta aula | sexta aula | sétima aula | oitava aula | nona aula | décima aula | undécima aula | duodécima aula | tridécima aula | quadridécima aula | complemento e aperfeiçoamento
Teamim para a leitura dos profetas e escrituras

primeira aula | segunda aula | terceira aula | quarta aula | quinta aula | sexta aula | sétima aula | oitava aula | nona aula | décima aula | undécima aula | Complemento e aperfeiçoamento

Para baixar todo este material conforme o costume hispano-português, aperte aqui:

Cantilações da Torá
(Te'amê ha-Miqrá)

Buscando trazer o progresso ao estudante em nossas páginas, trazemos para nossos visitantes os sinais de entonação da leitura da Torá, conforme o costume hispano-português, trazido em aulas ("links" acima e abaixo, por sequência). É importante lembrar aqui a existência de um opúsculo sobre o assunto intitulado Tuv Ta'am, compilado em Amsterdam pelo rabino Salomão de Oliveira, comumente publicado em conjunto com o livro Darkê No'am. O livro "Tuv Ta'am" cuida explanar detalhada e concisamente o valor dos te'amim, e a diferença entre os usados na Torá e nos profetas daqueles que aparecem nos Salmos, Lamentações e Provébios. É importante que saiba o leitor que além de nossa forma de ler, que é a antiga forma castelhana e portuguesa, há também o estilo andaluz, comum hoje no norte do Marrocos.

O estilo marroquino (sul-espanhol) tem sua entonação mais sensibilizada, e é diferente ainda do estilo sul-marroquino, cuja influência da música árabe norte-africana é muito sentida. O estilo comum ao oriente (Síria, Líbano, Terra de Israel, Iraque), apesar de conservarem certas semelhanças, tampouco são iguais, especialmente o estilo jerosolimitano. Em todos eles a presença da influência musical árabe é sentida, chegando ao ponto de prejudicar à veraz valorização dos "te'amim", que são nada mais, nada menos, que entonação de leitura pelo sistema de pontuação semítica, onde a música não é o principal.

Outrossim, para o estudante leigo, devemos lembrar que os sistemas do oriente nada têm a ver com os sefarditas, e são chamados "sefarditas" por mero acaso, devido à grande massa de sefarditas que veio para o oriente após a expulsão da Espanha, e durante todo o curso do período inquisitorial.

Apesar de nosso "site" ser especialmente sefardita, conforme nota-se no próprio nome, assim como temos por meta devolver a valorização do judaísmo segundo suas fontes, que foi o caminho de grandes sefarditas (como R. Isaac Alfassi, Rambam, Moharam Alachqar), e foi também o de grandes asquenazitas (como o Gaon de Vilna, o Ba'al ha-'Itur, o Maharal e o 'Arukh ha-Chulĥan - apesar de este último ter suas raízes na Espanha), tentamos ser no máximo possível universais, oferecendo o nosso trabalho a todo e qualquer judeu. Portanto, trazemos também as cantilações conforme o costume asquenazita.

Assim como a entonação difere entre os judeus (sefarditas, asquenazitas, orientais, iemenitas e norte-africanos), assim também difere sua ordem para o aprendizado. Esta é a ordem pelo estilo hispano-português:

Nossas aulas são gradativas. Ensinamos aqui pouco a pouco os te'amim, à medida que se juntam uns aos outros. Aconselha-se que o aprendiz tenha em sua mão um exemplar da Torá (ĥumach) e busque as frases nas quais constam os mesmos sinais, tentando ler e juntá-los pouco a pouco.

Não deve-se confundir a entonação aqui com a entonação usada para os profetas. Os sinais são os mesmos, mas a entonação diverge, e o mesmo ocorre com os demais livros, como o Rolo de Ester, ou lamentações de Jeremias. Em nossos planos está trazer a seguir pelo menos a entonação usada nos profetas, para que nossos alunos possam saber como ler a parachá (porção semanal sabatina) e a haftará (porção dos profetas ou escritos que acompanham à mesma), e que seja mais um passo em prol da reorganização das sinagogas entre os descendentes dos nossos irmãos "anussim" hispano-portugueses.

A estes, devemos de antemão deixar claro que no caso de já haverem visitado alguma sinagoga dos imigrantes nos grandes centros, digo, no caso dos "anussim" do Brasil, e hajam escutado com estranheza os te'amim trazidos aqui, já dizemos antes que cada grupo étnico judaico tem sua entonação própria, e a trazida aqui não é comumente conhecida no Brasil, salvo entre alguns anciãos de comunidades como a Sinagoga Ohel Ia'aqob, em S. Paulo, cujo rito era antigamente o português, e a União Israelita Chel Gemilut Ĥassadim, do Rio. Mesmo assim, é muito provável que em nossos dias sejam usados tanto em uma quanto na outra, te'amim marroquinos ou turcos.

A quem já teve o prazer de ouvir a entonação asquenazita, a diferença se acentua mais ainda.

Observações e termos:

É permitido para todo o que queira copiar as próximas páginas por qualquer meio, tanto para uso próprio como para ensino, público ou particular, desde que não tenha fins lucrativos, assim como nós não os temos.

Agradecimentos

Agradecemos especialmente ao famoso ĥazan holandês Abraham Joseph Lopes Cardoso, o qual propagara o ensino da cantilação sefardita da Torá conforme conservada em Amsterdam desde o levantamento da comunidade hispano-portuguesa naquele país, no século xv. Igualmente, somos gratos à Holanda de ontem e de hoje, por haver aberto suas portas para os refugiados do que se chamava então a "santa" inquisição.

Rabino J. de Oliveira

primeira aula | segunda aula | terceira aula | quarta aula | quinta aula | sexta aula | sétima aula | oitava aula | nona aula | décima aula | undécima aula | duodécima aula | tridécima aula | quadridécima aula | complemento e aperfeiçoamento
Voltar

Teamim para a leitura dos profetas e escrituras

primeira aula | segunda aula | terceira aula | quarta aula | quinta aula | sexta aula | sétima aula | oitava aula | nona aula | décima aula | undécima aula | Complemento e aperfeiçoamento
União Sefardita Hispano-Portuguesa
(Israel)
Copyright © 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 .Todos os direitos reservados