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O Reinado do Machiaĥ (ou Messias) na Terra!

de que se trata?



O messias tomara um lugar sobrenatural no pensamento ocidental, e nos últimos séculos esta forma de ver a figura do Messias tivera certa influência mesmo sobre o povo judeu. A maioria dos judeus já pensam que será um ente espiritual a descer dos céus, vivendo eternamente, com o qual virá a ressurreição dos mortos. A grande verdade é que trata-se de uma réplica da forma cristã de esperar o retorno de seu messias, como foi reconhecido no ocidente, e nada tem a ver esta esperança mistificada com a esperança do advento do Messias. Tal influência é tão forte, que muitos israelitas esperam que o terceiro Templo desça dos céus. O preceito de construir o Templo parece esvair-se de nossas mãos. É como se Deus fosse obrigado a cumprir com os preceitos que Ele mesmo dera.

Por outro lado, os grupos esotéricos transformaram a esperança do advento do Machiaĥ e a esperança dos cristãos do retorno de seu mestre em algo que chamaram de "Era de Aquário", ou seja, a "era mística", em prol da qual os filmes de Hollywood são formados, bem como as revistas em quadrinhos com seus super-heróis que, quando não levam nomes que lembram entidades místicas do mundo antigo, especialmente do Egito, tem seus nomes em hebraico - no qual ocultam aos olhos dos que não podem ver nitidamente o verdadeiro sentido de suas obras. O mesmo com a grande quantidade de películas nas quais os magos exercem funções especiais, através das mesmas as mentes do futuro adulto são preparadas para a "Era de Aquário", o período no qual o misticismo toma conta do mundo. Muitos livros acerca da Era de Aquário foram editados através dos séculos transatos, e mais ainda o são na atualidade pelas ordens secretas, mais propagandeados que nunca, preparando a mente humana em todos os setores.

O racionalismo dos grandes sábios do passado, como os grandes sábios do Talmud, os grandes filósofos gregos, e outros similares, perdera-se com o aproximar-se do fim do século vinte. O estudo é desordenado em quase todos os setores científicos, sem que haja uma só pessoa que ocupe-se do saber por ele, senão apropriando-se de determinada matéria somente, e no demais, é uma andarlamúcia. Assim, diferentemente do passado, quando achávamos linguistas que também eram matemáticos, filósofos, médicos, astrônomos, além de muitas outras ciências e aptitudes - e tudo no máximo da perfeição - encontramos grandes especialistas em determinado setor, incultos, porém em quase todo saber.

No mundo rabínico também isto repercute hodiernamente, sem que se encontre rabinos que sejam aptos para julgar em todos os setores da Torá, a não ser com muita dificuldade. E, quando encontrados, não são alcançaram (nem pretendem alcançar!) os conhecimentos gerais. Os sábios rabinos que alcançaram este grau de conhecimento aos dezessete anos de idade, como Rabi Zeraĥiá ben-Itzhaq ha-Levi, que escrevera o livro chamado "Ha-Maor" aos dezenove anos, ou como Rabi Mochê ben-Maimon, que escrevera sua exegese sobre a Michná demonstrando profundo conhecimento em todo o Talmud aos dezessete anos, não acham-se em nossos dias, nem mesmo aos setenta anos, e isto sem ocuparem-se de outros campos de estudo, como os dois citados.

Toda a esperança de Israel se resume na promessa de Deus a nossos pai Jacob, de acordo com as bênçãos que abençoara a seus filhos, um por um, patriarcas das Tribos de Israel, com as quais abençou pela voz da profecia, quando disse ao quarto filho (Iehudá): "...O cetro não se afastará de Judá... até que venha Chilô..." - "Chilô" citado aqui, é um rei que sairá dentre seus descendentes, um rei de carne e osso, nascido normal e naturalmente de um pai e de uma mãe, sem intromissão divina no sentido dos deuses gregos e egípcios, gerados por um deus, ou deuses que desceram ao plano material e tomaram forma humana, como Hércules dos helênicos, ou Mitra.

A promessa messiânica resume-se no preceito dado no Sinai: "Entronizarás sobre ti um rei escolhido por teu Deus..." - Dt 17:16. A escolha do povo junta-se aqui à escolha de Deus, ou seja, o sinédrio ou um profeta que o seja reconhecidamente deverá ungir ao rei escolhido com óleo ao lado de uma fonte de águas vivas. Caso faltem estes dois pormenores, ou um deles, na escolha do rei, este não foi escolhido por Deus, senão pelas pessoas somente.

Após o reinado de Saul (da tribo de Benjamin), foi esclarecido ao profeta Samuel que seu reinado não seria permanente, ou seja, um outro filho de Israel deveria ser ungido. Neste principiaria o cumprimento da promessa feita a Judá na bênção de Jacob aos filhos. Com a unção de David, empeçara-se nova fase na história do povo de Israel.

Um pacto foi estabelecido com ele de que seu reinado seria eterno, sendo seus filhos e filhos herdeiros do trono para sempre. pelo pacto estabelecido, seus descendentes não necessitam ser ungidos, sendo-lhes suficiente a unção de seu pai - David - assim como o sacerdócio pertence unicamente à descendência de Aharon, e por linha paterna, unicamente. Além de o judaísmo não admitir que Deus possa gerar, pois igualando-se a seus entes criados este não seria Deus, supondo-se que o fato fosse possível, o fruto seria inábil para ser entronizado como "filho de David" e herdeiro do trono por direito, por não ser de sua origem paternal descendente de David, não tendo nem sequer tribo no povo de Israel, não sendo seu pai israelita, sequer, pois Deus não tem nacionalidade alguma. Tal pessoa não poderia ser Messias segundo o que foi prometido a David.

Por esta mesma razão não é suficiente dizer que "fulano descende de David por linha maternal", que não faz com que seja válida sua messianidade, ao contrário, comprova sua inveracidade como sendo o prometido a David. Esta é regra geral no povo de Israel: origens dentro do povo, conta-se através do pai, no que concerne á tribo, ao reinado, ao sacerdócio e à herança em geral. Não deve-se confundir isto com o fato de a lei declarar como sendo filho de Israel unicamente o filho de uma mulher judia, e neste caso, não nos importa quem é o pai. Isto vai pela santidade do ventre, no qual a criança é gerada e recebe sua forç vital, sua alma. O filho, neste caso, é igual à mãe. Mesmo no caso de converter-se ao judaísmo, não estará relacionado com nenhuma das tribos, como toda outra pessoa que venha a unir-se a nosso povo, sendo adotado como "filho de Abraham".

A descendência de David perdura para todo o sempre - não significa que uma pessoa imortal virá e tornar-se-á rei sobre nó, senão que sempre existirão descendentes de David aptos para reinar em Jerusalém - e sempre haverá meios de reconhecê-los. - Jr 33:19-22.

O reinado da dinastia davídica principiara no calendário hebraico no ano 2884 da criação, e foi interrompido na Terra de Israel nos dias do rei Joaquim, com a invasão dos exércitos babilônicos e primeiro exílio do reino de Judá em 3338, durando de acordo com a tradição hebraica 454 anos.

Na prisão na Babilônia o rei Joaquim arrependera-se de seus maus feitos, e fora-lhe dada pelo rei, por intervenção dos judeus junto à rainha, uma jovem judia, da qual teve um filho que tornara-se o primeiro rech galutá na Babilônia, nos dias do filho de Nabucodonosor. Milagrosamente, renascera a estirpe davídica, após haver sido quase totalmente destruída.

Os poucos descendentes de Joaquim que vieram para a Terra de Israel, não foram entronizados imediatamente, devido aos problemas com os gentios que aqui viviam, evitando dar a entender aos imperadores medo-persas que os judeus realmente pretendiam rebelar-se. Após o domínio helênico, quando tornara-se a Terra de Israel província do reino grego da Síria, a família sacerdotal dos Hasmoneus tomaram o trono, ao invés de devolvê-lo aos filhos de David. Ao ver que não foram entronizados, estes retornaram à Babilônia e ao posto citado acima na autonomia judaica. Na terra de Israel não restaram descendentes de David que o fossem por linha paternal, conforme testifica Rabi Iehudá ha-Nassi: "Se vier Rav Huná rech galutá para cá (para a Terra de Israel), colocá-lo-ei acima de mim, pois ele é é [oriundo] de Judá, e eu de Benjamin [por linha paternal], ele é pelos pais [descendente de David], e eu [tenho origem de David] somente pelas mulheres!" - e assim testifica Rav Cherirá Gaon em sua famosa carta, acerca deste fato.

A dinastia hasmonaica dos cohanim durou 103 anos de acordo com a tradição judaica, e segundo os historiadores, 123 anos. Com sua decadência, tomara o poder a dinastia herodiana, que durou 103 anos, findando com a destruição de nosso Templo pelos romanos no ano hebraico 3958.

Entre as famílias oriundas do dois filhos do último rech galutá da estirpe davídica na Espanha, estão Abravanel, Dormido e Fernandes. Desdes, com o tempo - alguns admitiram novos sobrenomes, sendo que hoje temos variadas famílias de origem davídica.

No momento em que um rei da Casa de David for novamente entronizado pelo sanedrin, teremos o Messias na Terra. Nada mais que naturalmente, sem mística e crendícies pagãs de deuses que se fizeram carne, comuns ao período pré-cristão em vários países da antiga Europa e Ásia.

Não haverá câmbio no gênero humano com o reinado messiânico, exceto no fato de que o povo judeu tornar-se-á todo a Deus no cumprimento da Torá, e os demais gentios tornarão ao cumprimento fiel das leis dadas a Noé ao término do dilúvio. Milagres ocorrerão, com certeza, que trarão o povo à consciìncia da veracidade destas cousas, mudando seu coração. Certamente, com a reconstrução do Templo e o reencontrar da Arca Sagrada, ocultada pelos profetas antes da invasão dos babilônios, será conhecido de todos o contido nela, como o man que caiu do céu, as duas pedras dos mandamentos e o Rolo da Torã para testemunho da outorga pública de nossa Lei perante toda a nação. Quem poderia ver estas cousas e permanecer incrédulo, ou crer em credos que foram inventados pelos séculos?

União Sefardita Hispano-Portuguesa


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