SINAIS GRÁFICOS UTILIZADOS:
- '= simboliza o som da letra 'ain
(ע),
som produzido
in gutture, peculiar das
línguas semitas, ao comprimir-se a glote;
- ch- usado aqui para a letra "chin" (ש).
Tem o som de "sh" inglês, e não o
usamos por nada ter em comum com a fonética portuguesa.
Esperamos que outros após nós sigam este exemplo,
e evitem transliterar ao português como se
estivessem transliterando ao inglês.
- g= simboliza a letra hebraica "gimal" (ג) tem sempre o som desta
letra em português na
palavra "gato", isto é,
jamais funciona como "j" em palavras hebraicas
transliteradas, mesmo antes de "i" ou "e".
"Gezerá" - lê-se "guezerá; "geonim" -
lê-se "gueonim". O hebraico não possui
o som de "j", apesar de que na época dos gueonim a região
Tiberiana de Israel pronunciava o "iod" como "jod",
quando este vinha pontilhado ("dagesh"),
mas a pronúncia era errônea,
conforme testifica Rav Sa'adia Gaon (em seu comentário sobre o "Sêfer ha-Ietsirá").
A letra "g" hebraica sem dagech deve ser pronunciado como "gh" (similar ao árabe "ghain",
mas para não dificultar ao aprendizado, evitamos utilizar a pronúncia tradicional sefardita.
- H= Simboliza a letra (ה) - como o "h" inglês na palavra "horse",
mesmo quando proceda "N" ou "L".
O hebraico indispõe das junções fonéticas "lh" ou "nh"
portuguesas.
- Kh= equivale ao khaf (כ) lene, pronunciado como o "J" espanhol tal e
qual é, pronunciado na Espanha pelos
castelhanos, um tanto mais forte. Comumente, é pronunciado em
Israel como o "ch" alemão, que é brando.
Contudo, sua pronúncia é correspondente
ô mesma letra em árabe.
- ĥ= usado para transliterar a letra "ĥet"
(ח)
cujo som é inexistente nos idiomas ocidentais
em geral; há quem insista em pronunciá-lo
como "ch" alemão ou como "J" espanhol, incorretamente.
trata-se da letra "HET" hebraica, ou
"HA" árabe,
fortemente aspirada, muito diferente da "khaf".
- V - Na tradição sefaradita
não existe o som de "v" na letra
ב (bet)
não pontilhada, conforme se faz no
hebraico atualmente utilizado em Israel,
sendo o mais correto. A letra mencionada
possui som duplo (por exemplo, abba = ab-ba)
quando vem pontilhada, e tem som simples,
um "b" mais leve, quando não leva
o pontinho dentro. Optei pelo hebraico
atual nesse ponto, para evitar a confusão
do leitor. "Ob" (אוב), por exemplo, fora transliterado
como "ov", e assim por diante.
- V (W) - seria o apropriado para a letra "vav"
(*)
("Wau"), cuja pronuncia correta
(inclusive para Eli'ezer ben-Yehuda, o
"inventor" do hebraico moderno, deve ser
pronunciado como "u" consonontal. Porém, como em
Israel atualmente se pronuncia com "v", assim
o fiz, pela mesma razão acima mencionada.
Contudo, achei importante ambas as observações,
pois quem sabe, algum dia voltaremos a
pronunciar o hebraico como se deve... Equivale
à letra árabe que tem este mesmo nome.
- Tz= em lugar da letra "tzadi" (צ), que em nossos dias
tem a mesma pronúncia da "z" alemã ou "zz" italiana
(fazer o quê?).
Sua pronúncia correta é equivalente à letra em
árabe que leva o nome
"sâd". O "sadi",
corresponde a um "s" palatal aspirado, ou seja - pronuncia-se
o "s" ao mesmo tempo em que puxa o palato para dentro.
Às vezes estará
também transcrita com a junção "ts".
- Q= corresponde à letra "quf" (ק),
que se faz na garganta, pouco mais abaixo que
o "c" português antes de a, o ou u.
- T= em hebraico,
(assim como nas demais línguas semitas,
como o árabe e o aramaico, por exemplo,)
temos duas espécies de "t" -
sendo um palatal (tet=ט), e o outro, dental (tau, ou tav=ת) (*).
Pelas mesmas razões, não os
diferenciei aqui. Em Israel, em nossos
dias, não diferenciam entre ambos.
Equivale a "tet", em árabe à letra
"tâ" palatal, e a "tau", á
"ta" linguodental.
- O som do
"mapiq" - que é o
ponto que torna a pronúncia
da "he" no final de certas
palavras um pouco aspirada - será
transcrito com a letra "h"
no final do termo transliterado,
em lugar de simples acento agudo sobre a letra final,
quando esta for oxítona, ou de sua ausência,
quando for paroxítona.
- Apesar de em transliteração para quem fala o português
ser desnecessário transliteração especial para
a letra "rech", já que os israelenses em sua maioria, por influência asquenazita,
e os asquenazitas no mundo inteiro pronunciarem-na com o som da "R" alemã,
achei importante acrescentar também esta nota. Aos sefarditas,
especialmente os descendentes dos
"anussim", evitem copiar a pronúncia desta
consoante segundo o costumeiro entre os judeus-portugueses de Amsterdam,
por ser errônea, aprendida do meio em que viveram nestes últimos
quatro séculos. O mesmo com respeito à pronúncia da
"'áin",
que os judeus-portugueses de Amsterdam copiaram dos judeus itálicos,
por ser-lhes difícil a pronúncia desta letra conforme o que
lhes fora ensinado por seus mestres que trouxeram do Marrocos e Turquia.
Na antiga Espanha, onde o árabe era falado no dia a dia nas
"Aljamas",
a pronúncia dos judeus hispano-portugueses era diferente da comum hoje nos
Países-Baixos e Inglaterra, Surinam e América Central e do Norte.
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