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äÄìÀëÌåÉú ãÌÅòåÉú ôÌÆøÆ÷ æ

Capítulo 7


à  äÇîÌÀøÇâÌÅì áÌÇçÂáÅøåÉ--òåÉáÅø áÌÀìÉà úÇòÂùÒÆä, ùÑÆðÌÆàÁîÈø "ìÉà-úÅìÅêÀ øÈëÄéì áÌÀòÇîÌÆéêÈ" (åé÷øà éè,èæ).  åÀàÇó òÇì ôÌÄé ùÑÀàÅéï ìåÉ÷Äéï òÇì ìÈàå æÆä, òÈååÉï âÌÈãåÉì äåÌà åÀâåÉøÅí ìÇäÂøÉâ ðÀôÈùÑåÉú øÇáÌåÉú îÄéÌÄùÒÀøÈàÅì; ìÀëÈêÀ ðÄñÀîÇêÀ ìåÉ, "ìÉà úÇòÂîÉã òÇì-ãÌÇí øÅòÆêÈ" (ùí).  öÅà åÌìÀîÇã, îÈä àÅøÇò ìÀãåÉàÅâ äÈàÂãåÉîÄé. 1  Todo o que anda verificando o que fazem os demais, transgride um mandamento negativo, conforme está escrito: "Não sejas bisbilhoteiro entre teu povo..." - Lv 19:16. E, apesar de não haver pena de látegos para esta transgressão, trata-se de um grave pecado, que causa a morte de muitíssimas pessoas de Israel, pelo que fora escrito na Torá juntamente com este preceito o seguinte: "...não estarás indiferente contra o sangue de teu próximo...". Aprenda o que aconteceu com Doeg, o idumeu.

á  àÅéæÆä äåÌà øÈëÄéì--æÆä ùÑÀäåÌà èåÉòÅï ãÌÀáÈøÄéí åÀäåÉìÅêÀ îÄæÌÆä ìÈæÆä åÀàåÉîÅø ëÌÈêÀ åÈëÈêÀ àÈîÇø ôÌÀìåÉðÄé, ëÌÈêÀ åÈëÈêÀ ùÑÈîÇòÀúÌÄé òÇì ôÌÀìåÉðÄé:  àÇó òÇì ôÌÄé ùÑÀäåÌà àåÉîÅø àÁîÆú, äÂøÅé æÆä îÇçÀøÄéá àÆú äÈòåÉìÈí. 2  Qual é o bisbilhoteiro [por excelência]? Aquele que vai a um, busca escutar suas palavras, vai a outro, transmitindo o que ouviu, dizendo: "Isso e isto disse fulano, e aquilo outro ouvi sobre ciclano..." - apesar de estar dizendo a verdade, está destruindo ao mundo.

â  éÅùÑ òÈååÉï âÌÈãåÉì îÄæÌÆä òÇã îÀàåÉã åÀäåÌà áÌÄëÀìÈì ìÈàå æÆä, åÀäåÌà ìÈùÑåÉï äÈøÇò; åÀäåÌà äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÄâÀðåÌú çÂáÅøåÉ, àÇó òÇì ôÌÄé ùÑÆàÈîÇø àÁîÆú.  àÂáÈì äÈàåÉîÅø ùÑÆ÷Æø, îåÉöÄéà ùÑÅí øÇò òÇì çÂáÅøåÉ ðÄ÷ÀøÈà.  àÂáÈì áÌÇòÇì ìÈùÑåÉï äÈøÇò--æÆä ùÑÆéÌåÉùÑÅá åÀàåÉîÅø ëÌÈêÀ åÈëÈêÀ òÈùÒÈä ôÌÀìåÉðÄé, åÀëÈêÀ åÈëÈêÀ äÈéåÌ àÂáåÉúÈéå, åÀëÈêÀ åÈëÈêÀ ùÑÈîÇòÀúÌÄé òÈìÈéå, åÀàåÉîÅø ãÌÀáÈøÄéí ùÑÆìÌÄâÀðÇàé:  òÇì æÆä äÇëÌÈúåÌá àåÉîÅø, "éÇëÀøÅú ä', ëÌÈì-ùÒÄôÀúÅé çÂìÈ÷åÉú--ìÈùÑåÉï, îÀãÇáÌÆøÆú âÌÀãÉìåÉú" (úäéìéí éá,ã). 3  Há outra transgressão grave, que faz parte desta proibição da Torá, que é chamada lachon ha-ra' - é o que fala mal de outra pessoa, mesmo sendo verdade. Quanto ao que fala o que não é verdadeiro sobre outros, é chamado motzi chem ra'. O que conta lachon ha-ra', todavia, é quele que vive dizendo: "Assim fazia fulano!", "Assim eram os pais de ciclano!", "Dessa forma ouvi dizer sobre ele!", sempre falando coisas desonrosas. Sobre a pessoa que assim age, está escrito: "Decepe Deus todos os lábios de lisonjas, línguas que falam de grandosidades!" - Sl 12:4.

ã  [â] àÈîÀøåÌ çÂëÈîÄéí, òÇì ùÑÈìåÉùÑ òÂáÅøåÉú ðÄôÀøÈòÄéï îÄï äÈàÈãÈí áÌÈòåÉìÈí äÇæÌÆä, åÀàÅéï ìåÉ çÅìÆ÷ ìÈòåÉìÈí äÇáÌÈà--òÂáåÉãÈä æÈøÈä, åÀâÄìÌåÌé òÂøÈéåÉú, åÌùÑÀôÄéëåÌú ãÌÈîÄéí; åÀìÈùÑåÉï äÈøÇò, ëÌÀðÆâÆã ëÌËìÌÈí.  åÀòåÉã àÈîÀøåÌ çÂëÈîÄéí, ëÌÈì äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÀìÈùÑåÉï äÈøÇò--ëÌÀàÄìÌåÌ ëÌÈôÇø áÌÈòÄ÷ÌÈø, ùÑÆðÌÆàÁîÈø "àÂùÑÆø àÈîÀøåÌ, ìÄìÀùÑÉðÅðåÌ ðÇâÀáÌÄéø--ùÒÀôÈúÅéðåÌ àÄúÌÈðåÌ:  îÄé àÈãåÉï, ìÈðåÌ" (úäéìéí éá,ä).  åÀòåÉã àÈîÀøåÌ çÂëÈîÄéí, ùÑÀìåÉùÑÈä ìÈùÑåÉï äÈøÇò äåÉøÆâÆú--äÈàåÉîÀøåÉ, åÀäÇîÌÀ÷ÇáÌÀìåÉ, åÀæÆä ùÑÆàåÉîÀøÄéï òÈìÈéå; åÀäÇîÌÀ÷ÇáÌÀìåÉ, éåÉúÅø îÄï äÈàåÉîÀøåÉ. 4 Disseram os Sábios: por três transgressões paga a pessoa neste mundo, ficando sem seu quinhão no mundo vindouro: 1) idolatria; 2) relações sexuais ilícitas; 3) derramamento de sangue. Quanto ao falar mal dos demais, é esta última equivalente a todas as outras em conjunto. Disseram ainda os Sábios: "Todo o que relata lachon ha-ra' é como se houvesse descrido de um dos princípios da Torá, conforme está escrito: "Que disseram: "Nossa língua fortaleçamos, pois nossos são nossos lábios: quem nos domina?" " - Sl 12:5. Mais ainda disseram os Sábios: "Três são os que a má língua mata: quem relata, quem escuta e a pessoa sobre quem foi proferida! Quando ao que ouve, mais do que o que relata.".

ä  [ã] åÀéÅùÑ ùÑÈí ãÌÀáÈøÄéí ùÑÀäÆï àÂáÇ÷ ìÈùÑåÉï äÈøÇò.  ëÌÅéöÇã:  îÄé éÉàîÇø ìÄôÀìåÉðÄé, ùÑÆéÌÄäÀéÆä ëÌÀîåÉú ùÑÀäåÌà òÇúÌÈä; àåÉ ùÑÆéÌÉàîÇø ùÑÄúÀ÷åÌ îÄôÌÀìåÉðÄé, àÅéðÄé øåÉöÆä ìÀäåÉãÄéòÇ îÈä àÅøÇò åÌîÆä äÈéÈä; åÀëÇéÌåÉöÅà áÌÇãÌÀáÈøÄéí äÈàÅìÌåÌ.  åÀëÅï äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÀèåÉáÇú çÂáÅøåÉ áÌÄôÀðÅé ùÒåÉðÀàÈéå--äÂøÅé æÆä àÂáÇ÷ ìÈùÑåÉï äÈøÇò, ùÑÆæÌÆä âÌåÉøÅí ìÈäÆí ùÑÆéÌÀñÇôÌÀøåÌ áÌÄâÀðåÌúåÉ; åÀòÇì òÄðÀéÈï æÆä àÈîÇø ùÑÀìÉîÉä, "îÀáÈøÅêÀ øÅòÅäåÌ, áÌÀ÷åÉì âÌÈãåÉì--áÌÇáÌÉ÷Æø äÇùÑÀëÌÅéí:  ÷ÀìÈìÈä, úÌÅçÈùÑÆá ìåÉ" (îùìé ëæ,éã)--ùÑÆîÌÄúÌåÉêÀ èåÉáÈúåÉ, áÌÈà ìÄéãÅé øÈòÈúåÉ. 5  Há ainda certas coisas que são poeira de má língua. Como, por exemplo? - "Quem diria que fulano [mudaria sua forma de agir, e] viria a ser como agora é!", ou, simplesmente: "Calem-se acerca de fulano, não quero [nem sequer] revelar o que aconteceu nem o que se deu!" - e, assim por diante, nesta forma de dizer. [Igualmente,] todo o que elogia a alguém diante daqueles que o odeiam, é [também este caso] poeira de má língua, por fazer com que eles venham a falar mal dele. Acerca disto falou Salomão: "Aquele que abençoa a seu amigo em voz alta cedo, ao amanhecer, por maldição lhe será!" - Pv 27:14. - Pois através da [busca de] seu bem, chega a seu mal.

å  åÀëÅï äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÀìÈùÑåÉï äÈøÇò ãÌÆøÆêÀ ùÒÀçåÉ÷ åÀãÆøÆêÀ ÷ÇìÌåÌú øÉàùÑ, ëÌÀìåÉîÇø ùÑÀàÅéðåÌ îÀãÇáÌÅø áÌÀùÒÄðÀàÈä--äåÌà ùÑÆùÌÑÀìÉîÉä àåÉîÅø, "ëÌÀîÄúÀìÇäÀìÅäÌÇ, äÇéÌÉøÆä æÄ÷ÌÄéí--çÄöÌÄéí åÈîÈåÆú . . . åÀàÈîÇø, äÂìÉà-îÀùÒÇçÅ÷ àÈðÄé" (îùìé ëå,éç-éè).  åÀëÅï äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÀìÈùÑåÉï äÈøÇò ãÌÆøÆêÀ øÇîÌÈéåÌú, åÀäåÌà ùÑÆéÌÀñÇôÌÇø ìÀúËîÌåÉ ëÌÀàÄìÌåÌ àÅéðåÌ éåÉãÅòÇ ùÑÆãÌÈáÈø æÆä ìÈùÑåÉï äÈøÇò äåÌà, àÅìÈà ëÌÀùÑÆîÌÀîÇçÄéï áÌåÉ, àåÉîÅø àÅéðÄé éåÉãÅòÇ ùÑÆàÅìÌåÌ îÇòÂùÒÈéå ùÑÆìÌÄôÀìåÉðÄé àåÉ ùÑÆæÌÆä ìÈùÑåÉï äÈøÇò. 6  Também o que fala mal de outro por brincadeira ou por simples desrespeito, quer dizer - sem fazê-lo por ódio, é o que disse Salomão: "Como o louco que mira chispas, flechas e morte - ...dizendo: "acaso não estou somente brincando?!" - Pv 26:18,19. Assim também quem fal mal de outros fraudulamente, [iludindo aos que o ouvem], afirmando ingenuamente, como se não soubesse que tal ato é má língua. Porém, ao reprenderem-no, diz que desconhecia o fato de serem estes os feitos de fulano, ou não sabia ser isto lachon ha-ra'.

æ  [ä] àÆçÈã äÇîÌÀñÇôÌÅø áÌÀìÈùÑåÉï äÈøÇò áÌÄôÀðÅé çÂáÅøåÉ, àåÉ ùÑÆìÌÉà áÌÀôÈðÈéå; åÀäÇîÌÀñÇôÌÅø ãÌÀáÈøÄéí ùÑÆâÌåÉøÀîÄéï àÄí ðÄùÑÀîÀòåÌ àÄéùÑ îÄôÌÄé àÄéùÑ, ìÀäÇæÌÄé÷ çÂáÅøåÉ áÌÀâåÌôåÉ àåÉ áÌÀîÈîåÉðåÉ, àÇôÄìÌåÌ ìÀäÈöÅø ìåÉ àåÉ ìÀäÇôÀçÄéãåÉ--äÂøÅé æÆä ìÈùÑåÉï äÈøÇò.  åÀàÄí ðÆàÆîÀøåÌ ãÌÀáÈøÄéí àÅìÌåÌ áÌÄôÀðÅé ùÑÀìåÉùÑÈä, ëÌÀáÈø ðÄùÑÀîÇò äÇãÌÈáÈø åÀðåÉãÈò, åÀàÄí ñÄôÌÇø äÇãÌÈáÈø àÆçÈã îÄï äÇùÌÑÀìåÉùÑÈä ôÌÇòÇí àÇçÆøÆú, àÅéï áÌåÉ îÄùÌÑåÌí ìÈùÑåÉï äÈøÇò--åÀäåÌà ùÑÆìÌÉà éÄúÀëÌÇåÌÇï ìÀäÇòÀáÌÄéø äÇ÷ÌåÉì, åÌìÀâÇìÌåÉúåÉ éåÉúÅø. 7  Tanto o que conta coisas más diante da pessoa de quem se trata, como quem fala coisas que, se forem ouvidas de uma pessoa após outra poderão causar prejuízo à pessoa de quem se fala - física ou economicamente - e, mesmo que somente cause-lhe tristeza ou medo, é lachon ha-ra'. Se forem ditas tais coisas diante de três pessoas, já foram ouvidas as cousas e tornadas conhecidas do público, sendo que caso um dos três revelar o assunto em outra ocasião, não é isto lachon ha-ra', se é que não houve intenção de aumentar o conhecimento geral das pessoas sobre o caso, ou revelar mais sobre o mesmo.

ç  [å] ëÌÈì àÅìÌåÌ--äÆí áÌÇòÂìÅé ìÈùÑåÉï äÈøÇò, ùÑÆàÈñåÌø ìÈãåÌø áÌÄùÑÀëåÌðÈúÈí, åÀëÈì ùÑÆëÌÅï ìÅéùÑÅá òÄîÌÈäÆï, åÀìÄùÑÀîÉòÇ ãÌÄáÀøÅéäÆí.  åÀìÉà ðÆçÀúÌÇí âÌÀæÇø ãÌÄéï òÇì àÂáåÉúÅéðåÌ áÌÇîÌÄãÀáÌÈø, àÅìÈà òÇì ìÈùÑåÉï äÈøÇò áÌÄìÀáÈã. 8  São todos estes - os faladores de má língua - em cuja vizinhança é proibido morar, quando mais se sentar em sua companhia, e escutar suas palavras. Não fora selado o juízo sobre nossos antepassados no deserto senão pela má língua, unicamente.

è  [æ] äÇðÌåÉ÷Åí àÆú çÂáÅøåÉ--òåÉáÅø áÌÀìÉà úÇòÂùÒÆä, ùÑÆðÌÆàÁîÈø "ìÉà-úÄ÷ÌÉí" (åé÷øà éè,éç).  åÀàÇó òÇì ôÌÄé ùÑÀàÅéðåÌ ìåÉ÷Æä, ãÌÅòÈä øÈòÈä äÄéà òÇã îÀàåÉã; àÅìÈà øÈàåÌé ìÀàÈãÈí ìÄäÀéåÉú îÇòÀáÌÄéø òÇì ëÌÈì ãÌÄáÀøÅé äÈòåÉìÈí--ùÑÆäÇëÌÉì àÅöÆì äÇîÌÀáÄéðÄéí ãÌÄáÀøÅé äÆáÆì åÇäÂáÇàé, åÀàÅéðÈï ëÌÀãÇàé ìÄðÀ÷Éí òÂìÅéäÆí. 9  O que se vinga de seu próximo transgride um mandamento negativo, que está escrito: "Não vingareis..." - Lv 19:18. Apesar de que não incorre em pena de açoites por isto, trata-se de uma das piores personalidades [o ser vingativo]. Ao contrário, é consentâneo que seja toda pessoa indiferente a todas as cousas [relacionadas à ofensa] - que são para os entendidos como cousas vãs e insensatez, sobre as quais não há motivo de vingança.

é  ëÌÅéöÇã äÄéà äÇðÌÀ÷ÄéîÈä:  àÈîÇø ìåÉ çÂáÅøåÉ äÇùÑÀàÄéìÅðÄé ÷ÇøÀãÌËîÌÀêÈ, àÈîÇø ìåÉ àÅéðÄé îÇùÑÀàÄéìÀêÈ; ìÀîÈçÈø öÈøÇêÀ ìÄùÑÀàÉì îÄîÌÆðÌåÌ, àÈîÇø ìåÉ äÇùÑÀàÄéìÅðÄé ÷ÇøÀãÌËîÌÀêÈ, àÈîÇø ìåÉ àÅéðÄé îÇùÑÀàÄéìÀêÈ, ëÌÀãÆøÆêÀ ùÑÆìÌÉà äÄùÑÀàÇìÀúÌÇðÄé ëÌÀùÑÆùÌÑÈàÇìÀúÌÄé îÄîÌÀêÈ--äÂøÅé æÆä ðåÉ÷Åí.  àÅìÈà ëÌÀùÑÆéÌÈáåÉà ìÄùÑÀàÉì, éÄúÌÅï áÌÀìÅá ùÑÈìÅí åÀìÉà éÄâÀîÉì ìåÉ ëÌÇàÂùÑÆø âÌÀîÈìåÉ; åÀëÅï ëÌÈì ëÌÇéÌåÉöÅà áÌÇàÅìÌåÌ.  åÀëÅï àÈîÇø ãÌÈåÄéã áÌÀãÅòåÉúÈéå äÇèÌåÉáåÉú, "àÄí-âÌÈîÇìÀúÌÄé, ùÑåÉìÀîÄé øÈò" (úäéìéí æ,ä). 10  Como é a vingança, por exemplo? - Disse seu amigo: "Empresta-me teu machado" - ao que respondeu: "Não te emprestarei". No dia seguinte, precisou este do qual se pediu emprestado, ao que retrucou o primeiro: "Não te empresto, como não me emprestaste!" - Este é vingativo. Ao contrário, quando vier pedir, deve dar de pleno coração, sem revidar-lhe seu proceder, assim sendo em todas estas cousas. Assim disse David em concernência a suas virtudes: "Se paguei com mal ao que buscou a paz comigo..." - Sl 7:5.

éà  [ç] åÀëÅï ëÌÈì äÇðÌåÉèÅø ìÀàÆçÈã îÄéÌÄùÒÀøÈàÅì--òåÉáÅø áÌÀìÉà úÇòÂùÒÆä, ùÑÆðÌÆàÁîÈø "åÀìÉà-úÄèÌÉø àÆú-áÌÀðÅé òÇîÌÆêÈ" (åé÷øà éè,éç).  ëÌÅéöÇã:  øÀàåÌáÅï ùÑÆàÈîÇø ìÀùÑÄîÀòåÉï ùÒÀëÉø ìÄé áÌÇéÄú æÆä, àåÉ äÇùÑÀàÄéìÅðÄé ùÑåÉø æÆä, åÀìÉà øÈöÈä ùÑÄîÀòåÉï; ìÀéÈîÄéí öÈøÇêÀ ùÑÄîÀòåÉï ìÄøÀàåÌáÅï ìÄùÑÀàÉì îÄîÌÆðÌåÌ àåÉ ìÄùÒÀëÌÉø, åÀàÈîÇø ìåÉ øÀàåÌáÅï äÅà ìÈêÀ, äÂøÅéðÄé îÇùÑÀàÄéìÀêÈ, åÀàÅéðÄé ëÌÀîåÉúÀêÈ, åÀìÉà àÂùÑÇìÌÇí ìÀêÈ ëÌÀîÇòÂùÒÆéêÈ--äÈòåÉùÒÆä ëÌÈæÆä, òåÉáÅø áÌÀ"ìÉà úÄèÌÉø". 11  Assim também todo o que quarda no coração algo contra qualquer um dos filhos de Israel, transgride um preceito negativo, pelo que está escrito: "Não guardareis rancor contra os filhos de teu povo..." - Lv 19:18. Como assim? - [Por exemplo,] Rúbem disse a Simeão: "Aluga-me este cômodo!" ou "Aluga-me este boi!" - e, Simeão não quiz alugar. Após quantos dias, necessitou Simeão pedir de Rúbem algo emprestado, ou por aluguel, ao que disse-lhe Rúbem: "Ei-lo, pois te empresto, pois não sou como tu. Tampouco pagar-te-ei com a mesma moeda!" Qualquer que haja assim, transgride o preceito "Não guardareis rancor" [ - que proíbe guardar mágoa no coração].

éá  àÅìÈà éÄîÀçÆä äÇãÌÈáÈø îÄìÌÄáÌåÉ åÀìÉà éÄèÌÀøÆðÌåÌ, ùÑÆëÌÈì æÀîÈï ùÑÀäåÌà ðåÉèÅø àÆú äÇãÌÈáÈø åÀæåÉëÀøåÉ, ùÑÆîÌÆà éÈáåÉà ìÄðÀ÷Éí.  ìÀôÄéëÌÈêÀ äÄ÷ÀôÌÄéãÈä úÌåÉøÈä òÇì äÇðÌÀèÄéøÈä, òÇã ùÑÆéÌÄîÀçÆä äÆòÈååÉï îÀìÌÄáÌåÉ ëÌÀìÈì åÀìÉà éÄæÀëÌÀøÆðÌåÌ; åÀæåÉ äÄéà äÇãÌÅòÈä äÇðÌÀëåÉðÈä ùÑÆàÄôÀùÑÈø ùÑÆéÌÄúÀ÷ÇéÌÇí áÌÈäÌ éÄùÌÑåÌá äÈàÈøÆõ, åÌîÇùÌÒÈàÈï åÌîÇúÌÈðÈï ùÑÆìÌÄáÀðÅé àÈãÈí æÆä òÄí æÆä. 12  Pelo contrário, deve apagar totalmente o ocorrido de seu coração, sem nada guardar, pois todo o tempo que guardar o caso [em seu coração e] em sua memória, poderá chegar [mesmo sem perceber] à vingança. Portanto, a Torá se fez severa com a questão da vingança, até que seja apagada totalmente do coração sem sequer lembrar o fato, sendo esta a forma correta de agir que possibilita a existência da vivência do ser humano na Terra, bem como as negociações entre os mesmos.


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